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Rainhas e madrinhas de bateria trans ganham destaque no Carnaval 2024

Pepita, Camila Prins e Marcela Porto abrilhantam ainda mais a maior festa popular brasileira

27 jan 2024 - 05h00
(atualizado em 6/2/2024 às 11h04)
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Camila Prins é madrinha das paulistas "Colorado do Brás" e "Camisa Verde e Branco"
Camila Prins é madrinha das paulistas "Colorado do Brás" e "Camisa Verde e Branco"
Foto: Reprodução/Instagram/@camila.prins

Personalidades trans já fizeram história tanto no Carnaval carioca quanto no paulista. A primeira rainha de bateria que se tem notícia foi Eloína dos Leopardos, que desfilou em 1976 na Beija-Flor a convite de Joãzinho Trinta. Já em São Paulo, Vera Verão assumiu o posto na Unidos de São Lucas em 2002.

Ao longo das décadas, nomes como Rogéria e Roberta Close também foram para a avenida, mas é inegável que a presença com destaque foi pontual. Mas, em 2024, o cenário pode estar mudando.

Conheça a primeira rainha de bateria trans do Brasil Conheça a primeira rainha de bateria trans do Brasil

 A cantora Pepita, por exemplo, vai assumir o posto que foi de Vera Verão na São Lucas, além de desfilar pela também escola paulista Tom Maior e pela carioca Grande Rio. Ao longo dos últimos dias, a funkeira compartilhou no Instagram uma série de vídeos dos ensaios, mostrando que está mais do que pronta para os desfiles. 

O caminho não foi fácil. Camila Prins, considerada a primeira madrinha transexual de uma escola do Grupo Especial, a Colorado do Brás, conta que componentes da bateria da escola Camisa Verde e Branco fizeram greve quando ela foi coroada madrinha em 2018, mas depois foi aceita pela comunidade e segue no posto até hoje. 

Além da Colorado e da Camisa Verde e Branco, em 2024 desfila como musa da Unidos de Santa Bárbara e da União Imperial, uma escola de Santos, no litoral paulista. 

"Quem é do samba sabe como é difícil conquistar este espaço. Ainda mais no Brasil, o país que mais mata LGBTs no mundo. Foram 20 anos de samba para estar aqui, e com o respeito das escolas e suas comunidades. Tenho recebido muitas mensagens dizendo que eu inspiro muitas outras mulheres trans a chegar onde cheguei", contou ela ao G1. 

Rainha da União de Maricá e musa da Em Cima da Hora, Marcela Porto, conhecida como mulher abacaxi, também se prepara para a folia. No entando, fez um desabafo para a revista Quem devido aos ataques nas redes sociais. 

"Sempre que qualquer conta, principalmente as de samba, posta fotos ou vídeos meus em ensaio, sofro uma enxurrada de críticas. Falam do meu samba no pé, do meu corpo, dizem que o abacaxi está passado, me comparam com famosas bem mais velhas. Sei que a internet está sendo um mar de ódio e criticam todo mundo, mas comigo pegam pesado demais. Procuro nem olhar muito os comentários. No fim é porque não aceitam uma trans em posição de destaque no Carnaval”, revelou.

Fonte: Redação Nós
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