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O trocadilho com Ku Klux Klan é péssimo, mas a referência é real

As simetrias ao grupo supremacista branco e a base social de apoio mais ativa do atual governo se aproximam em vários pontos

19 set 2022 - 15h33
(atualizado às 19h19)
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Quando a análise sobre a Klan é feita, fica nítido as semelhanças de alguns desses pontos com o atual chefe do executivo.
Quando a análise sobre a Klan é feita, fica nítido as semelhanças de alguns desses pontos com o atual chefe do executivo.
Foto: Reprodução

Na semana passada, uma imagem chocou as verdadeiras pessoas de bem. Muitos acharam que era montagem, mas não. O candidato do PL, General Girão, promoveu um evento em Natal que contaria com a participação de Bolsonaro e Michelle. Para divulgação, ele usou essa imagem acima, que faz referência ao Ku Klux Klan, movimento terrorista que nasceu nos EUA no fim da Guerra de Secessão (conflito responsável pelo fim da escravização negra em território estadunidense), que entre outras coisas, foi responsável por perseguir, matar e aterrorizar pessoas negras.

O grupo foi inicialmente formado por aristocratas, membros do exército de confederados, que haviam sido derrotados durante a guerra e protestantes. O movimento de extrema-direita tinha como intuito conservar os valores racistas do Sul dos Estados Unidos, promover a manutenção da supremacia branca que, segundo eles, estava sendo ameaçada pelo fim da abolição. 

Com passar dos tempos, a Klan seguia focada em intimidar pessoas que não fossem brancas, e passou a defender, entre várias outras pautas reacionárias, o anticatolicismo, o antissemitismo e LGBTfobia. O nome do jornal da facção era “The Good Citizen”, que na tradução para o português é, literalmente, O Cidadão de Bem.

Quando a análise sobre a Klan é feita, fica nítido as semelhanças de alguns desses pontos com o atual chefe do executivo. Um presidente que diz que uma mulher não merecia ser estuprada, que diz que órgão excretor não reproduz, que fala que o filho nunca se apaixonaria por uma mulher negra porque foi bem-educado e que fala em “fuzilar a petralhada”, talvez esteja mais alinhado com o grupo do que, no primeiro momento, imaginamos.

Além disso, ficou marcado também o protesto de bolsonaristas contra o STF onde eles utilizaram alguns dos elementos característicos da Ku Klux Klan, como tochas, máscaras brancas.

O que preocupa, após os apontamentos, é como um cara como esse consegue ser eleito? E pior, ainda manter cerca de 30% dos eleitores ao seu lado mesmo após toda sua conduta durante a pandemia.

Isso quer dizer que Bolsonaro representa toda uma galera que pensa e age, da mesma forma que ele. Infelizmente derrotar o Bozo na eleição não quer dizer o fim do bolsonarismo e todas essas nuances que ele representa. É insalubre constatar que vivemos em uma sociedade repleta de pessoas com pensamentos retrógrados e que boa parte dessas ainda têm força para eleger um chefe de estado.

Por mais que as características dessa parcela da sociedade não seja tão explícita, como as dos supremacistas brancos da Ku Klux Klan, é notório que ao fugir das expectativas desse ultraconservadorismo, o indivíduo ganha um alvo nas costas e esse alvo válida uma série de agressões que a cada dia que passa, vem sendo mais corriqueira.

Fonte: Redação Nós
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