'Nunca tinha visto isso', diz porteiro que chamou a polícia após mulher ser agredida com 61 socos
Segundo Anésio, ele viu uma movimentação dentro do elevador, mas só entendeu o que estava acontecendo quando Juliana se levantou
Porteiro chama a polícia após testemunhar mulher agredida com 61 socos em elevador; agressor foi preso e vítima passou por cirurgia para recuperação facial.
O porteiro Manoel Anésio, de 60 anos, que chamou a polícia no caso da mulher que foi agredida pelo namorado, o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, com 61 socos no rosto, afirma que nunca tinha visto uma cena como essa. "Nunca tinha visto esse tipo de coisa", disse. "Eu acho que qualquer um que estivesse aqui no meu lugar...faria a mesma coisa [chamar a polícia]. Na nossa empresa, a gente é treinado pra isso, tem esse tipo de experiência", relata em entrevista à Inter TV Cabugi, na sexta-feira, 1º.
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Segundo Anésio, ele viu uma movimentação dentro do elevador, mas só percebeu que Juliana Garcia dos Santos Soares, de 35 anos, estava embaixo quando ela se levantou. "Deu pra ver a cara ensanguentada. Aí abriu o elevador e ela saiu."
Ao ver a cena, o porteiro ajudou a mulher e acionou a polícia. "Foi de imediato, eu chamei a polícia, rapidamente chegou e graças a Deus levaram ele", lembra.
Mulher passou por cirurgia
Na sexta-feira, Juliana passou por uma cirurgia para 'restaurar a forma e a função do rosto'. A informação foi confirmada pelo Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
O procedimento chamado osteossíntese foi realizado por uma equipe multidisciplinar composta por cirurgiões-dentistas especialistas em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, além de anestesistas e profissionais de enfermagem.
A vítima fez uma avaliação da equipe na quinta-feira, 31. Kerlison Paulino de Oliveira --cirurgião-dentista e especialista em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial da unidade-- afirma que Juliana respondeu bem ao tratamento inicial, segundo nota.
"Está evoluindo de forma satisfatória, com hematoma e edema em regressão, ainda com algumas dores decorrentes das fraturas em terço médio e inferior da face, porém controladas com analgésicos comuns", relatou o responsável pelo procedimento.
Após o procedimento, ela continuará sendo acompanhada pela equipe hospitalar até que se recupere definitivamente. A previsão inicial é de dois dias de recuperação no hospital, podendo haver ajustes conforme a evolução clínica dela.
Defesa pediu cela isolada para agressor
O ex-jogador de basquete, de 29 anos, foi transferido para uma unidade prisional do Sistema Penal do Rio Grande do Norte. A informação é da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap).
Igor foi preso em flagrante no último sábado, 26, logo depois de agredir Juliana no elevador de um condomínio de alto padrão em Natal (RN).
O preso saiu do Centro de Recebimento e Triagem (CRT), em Parnamirim, espécie de porta de entrada do sistema penitenciário para a Cadeia Pública Dinorá Sinas, em Ceará-Mirim, na Grande Natal. Ele está preso de maneira preventiva e a defesa diz que ele está à disposição das autoridades.
"O interno foi alocado em ala de segurança adequada, de forma a preservar a integridade física dos custodiados e garantir a estabilidade operacional da unidade", disse a Seap em nota. A pasta confirmou ainda que, apesar do custodiado estar sozinho em uma cela, ele não ficará em cela individual, uma vez que não há celas individuais na Cadeia Pública de Ceará-Mirim.
"A Seap ressalta que todas as transferências de pessoas privadas de liberdade, assim como a definição de local de custódia, seguem critérios rigorosos que consideram a segurança do sistema prisional, o perfil do custodiado e a necessidade de garantir a ordem e disciplina nas unidades prisionais", finalizou a pasta.
Antes, a defesa do ex-atleta havia pedido à Justiça que ele fosse colocado em cela isolada, alegando risco à integridade física do acusado. A defesa afirmou que ele tem sofrido ameaças, inclusive de integrantes da facção criminosa conhecida como "Sindicato do Crime". *(Com informações do Estadão Conteúdo).
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista pela lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.
Saiba mais sobre como denunciar aqui .
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