Preço dos SUVs dispara no Brasil e média ultrapassa R$ 180 mil; revela levantamento
Levantamento mostra aumento contínuo nos valores de SUVs, sedãs e hatches zero km, mesmo após adoção do IPI Verde
Um levantamento recente da K.LUME Consultoria mostrou que os preços médios dos SUVs aumentam no Brasil, reacendendo a discussão sobre a escalada de valores no setor, segundo dados analisados pelo Mundo do Automóvel para PCD. Embora o mercado siga aquecido, o estudo revelou aumentos expressivos mesmo após a implementação do IPI Verde.
De acordo com a consultoria e o economista Claudio Lucinda, o comportamento do consumidor mudou pouco nas categorias de entrada. No entanto, o efeito foi mais forte em modelos acima de R$ 120 mil e que chegam até R$ 160 mil. Assim, o impacto econômico se tornou mais visível justamente nos veículos mais desejados pelos brasileiros, especialmente os SUVs.
Além disso, o levantamento mostrou que o valor médio dos veículos de passeio subiu 3,01% entre julho e outubro deste ano. O preço médio passou de R$ 147.769,80 para R$ 152.217,53 nesse período específico. Embora o percentual pareça pequeno, ele confirma a tendência de encarecimento contínuo mesmo diante de incentivos fiscais que deveriam aliviar o bolso do consumidor.
A K.LUME também apresentou o ticket médio das principais categorias vendidas no país, o que mostra diferenças claras entre os segmentos. Os hatches continuam sendo os mais acessíveis e, portanto, custam em média R$ 94.660,35 no mercado nacional. Já os sedãs, que oferecem mais espaço no bagageiro traseiro, registram preço médio de R$ 140.480,43 no levantamento realizado.
Contudo, quem realmente domina o topo dos valores são os SUVs, que seguem como sonho de consumo dos brasileiros e, portanto, registraram média de R$ 182.678,31 neste ano.
De modo geral, os dados reforçam que o mercado automotivo permanece aquecido no Brasil, apesar de oscilações econômicas e da adoção de novos tributos. Segundo Milad Kalume Neto, o automóvel continua sendo visto como um símbolo de conquista e mobilidade, o que explica a força contínua do setor. Portanto, mesmo com preços mais altos, a procura segue elevada.
