Conheça a "Curva da Morte" que a Mercedes construiu nos anos 60 para testar seus carros
Era tão brutal que permitia guiar sem girar o volante e gerava forças G como na Fórmula 1
Há algum tempo, era conhecida como "Curva da Morte" e agora, à primeira vista, parece uma estrutura esquecida dentro do complexo industrial da Mercedes em Untertürkheim (Alemanha). Mas essa curva inclinada de 90º não é qualquer curva: foi projetada para levar os carros e seus motoristas ao limite.
Durante décadas, foi um dos segredos mais bem guardados da marca. A mais de 150 km/h, não era necessário nem tocar o volante para guiar por ela: a força centrífuga cuidava de tudo. Quem entrava nela ficava grudado ao banco, com a visão turva e o corpo suportando mais de 3 Gs.
Uma solução radical para um espaço apertado
Quando a Mercedes ampliou suas pistas de testes habituais em 1967, deparou-se com uma limitação: o espaço. Encravado entre o rio Neckar e as instalações da fábrica de Untertürkheim, o traçado só podia crescer de uma forma: para cima. E assim nasceu uma das curvas mais extremas já construídas por uma marca de carros.
Com uma inclinação de até 90 graus, essa curva era uma espiral fechada pensada para testar a estabilidade, a aderência lateral e a resistência estrutural de qualquer veículo. Com um raio de 60 metros e uma inclinação que chegava a um ângulo de 71° em relação ao horizonte, a "curva da morte" permitia manter uma velocidade constante de 150 km/h sem precisar mexer no volante.
Nessa velocidade, a força G suportada pelo motorista chegava a 3,1 vezes o seu peso. Chegar aos 200 km/h não era totalmente impossível, mas quase: nessa velocidade, o corpo deveria ...
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