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Peças de reposição recondicionadas: vale a pena confiar?

Especialista dá dicas sobre quando e onde utilizar esse tipo de peça sem gerar dores de cabeça no futuro

2 jul 2025 - 08h00
(atualizado às 13h28)
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Em um cenário onde manter o carro em dia pesa cada vez mais no bolso, recorrer a peças recondicionadas pode parecer uma solução prática para baratear a conta da oficina.

Mas, como alerta Luciana Félix, especialista em mecânica de automóveis e gestora da Na Oficina, em Belo Horizonte, é preciso cuidado para não transformar economia em risco.

"Peça recondicionada é, basicamente, uma peça que já foi usada, mas que ainda tem alguma vida útil," explica Luciana.

"Ela é desmontada, passa por limpeza, lubrificação, troca de componentes internos, e volta ao mercado". Isso é diferente da peça usada, que sai direto de um carro para outro sem revisão. O recondicionamento dá sobrevida - mas nem sempre garante segurança total.

Não faltam exemplos no mercado: alternadores, motores de partida e caixas de direção são algumas das mais comuns de serem recondicionadas. O problema, segundo Luciana, é saber quando vale a pena usar - e quando é melhor fugir.

Riscos

"Dependendo da peça e do local onde será instalada, existe risco", alerta a especialista. "Peças ligadas ao sistema de freios, por exemplo, não devem ser recondicionadas. É área crítica de segurança para motorista e passageiros".

Por isso, a recomendação é clara: sempre dê prioridade a peças novas - e de marcas confiáveis. "Às vezes a peça barata demais é sinal de qualidade inferior. E uma peça ruim pode sair caro depois", reforça.

Componentes da direção estão entre os mais comuns de serem remanufaturados
Componentes da direção estão entre os mais comuns de serem remanufaturados
Foto: CITROËN/DIVULGAÇÃO / Estadão

Na hora de comprar, Luciana recomenda atenção redobrada, principalmente fora das concessionárias. "Pergunte sempre se é peça nova ou recondicionada. Mesmo recondicionada, o lojista tem obrigação de dar nota fiscal e garantia - o Código de Defesa do Consumidor protege o cliente", lembra.

Outro detalhe: muitas oficinas colocam marcas discretas nas peças para rastrear a origem. Mas para o motorista comum, descobrir se a peça é nova ou não, depois de instalada, é quase impossível. Por isso, confiança na oficina é fundamental.

Carros antigos

Quando o assunto são carros mais antigos, a peça recondicionada pode ser a única alternativa. "Se não existe mais fabricação, não tem peça nova no mercado, aí a saída é recorrer ao que ainda tem vida útil," explica Luciana. É o caso de alternadores, por exemplo, que podem ser abertos, ter partes substituídas e voltar a rodar sem comprometer a segurança.

"A regra é simples: primeiro, peça nova. Se não existir, aí sim avalia-se a recondicionada - mas sempre com cuidado para saber onde vai ser instalada", avisa.

Manter o histórico do carro numa oficina de confiança, exigir nota fiscal, checar a procedência das peças e entender os riscos são atitudes que evitam dores de cabeça.

"Usar peça recondicionada nem sempre é problema. Desde que seja feito da forma certa e no componente correto, é seguro - e pode salvar o carro quando não há peça nova no mercado", conclui Luciana.

Estadão
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