Nova Montana RS cumpre promessas, mas sem exageros na pista
Dirigimos o Chevrolet Montana RS no circuito de Interlagos para ver o que há de especial nas duas letrinhas da versão
Quem ouve falar em Nova Montana RS pode, até de maneira imediata, remeter-se a um motor com elevada cavalaria e um torque com números raros, o que certamente acarretará em um desempenho invejável nas ruas e estradas. Praticamente um carro pensado para as pistas.
Para quem se encaixa neste quadro, as notícias não são boas. A versão “esportiva” da picape da Chevrolet não tem qualquer alteração sob o capô em relação às outras variantes da nova geração. Todas as mudanças aparecem na parte visual do modelo.
E o desempenho nas pistas mostra que se trata de um carro para ruas a estradas. E isso falamos depois de dirigir a Montana RS...na pista.
Foram duas voltas durante o Festival Interlagos, evento realizado no icônico autódromo paulistano. E a recomendação, assim que entramos na picape, foi: a velocidade máxima seria de 120 km/h. É questão de segurança em um terreno apropriado para arrancar o que os carros oferecem de melhor. A Montana RS estava em um local adequado, mas continuava a ser um carro urbano.
O motor é o mesmo 1.2 Turbo Flex, que entrega até 133 cavalos de potência e 210 Nm de torque. Quer dizer: a mesma configuração das outras versões.
Então quem iria garantir a segurança seriam a prudência e a suspensão da Montana RS. E esta foi responsável por uma grande colaboração. Trabalhando com rodas 17”, a picape realizou as curvas (mesmo as mais fechadas) com total tranquilidade e sem a menor possibilidade de o carro rodar.
Os pneus “seguraram” a Montana RS no chão, enquanto a suspensão manteve a direção do modelo.
Evidentemente, por mais que se tomasse cuidado com a velocidade, estabelecemos uma condução de pista, ou seja, acelerações fortes nas retomadas, visando rapidez no fim das retas.
Aí entrou um ponto curioso: mesmo tendo uma transmissão automática, a Nova Montana RS teve os giros elevados em 4.000 em rpm para poder retomar em boa velocidade. É algo que não deve acontecer em uma pista plana, onde é possível adquirir rapidez sem exigir giros altos.
As diferenças estéticas, essas sim, são visíveis. A picape tem grade frontal estilo colmeia com detalhes em preto brilhante, logomarca Chevrolet na cor preta, emblema RS na tampa traseira, rack de teto e santoantônio integrados, roda de alumínio com acabamento próprio e face usinada, retrovisores externos com capa na cor preta brilhante, volante, painel, bancos e encosto de braços com revestimento na cor preta com costura pespontada vermelha, além de molduras dos raios do volante, dutos de ventilação e do console central em preto brilhante.
Traz ainda também painel multimídia integrado MyLink com tela de 8", Android Auto e Apple CarPlay com projeção sem o uso de cabo e carregador por indução, chave inteligente, computador de bordo, além da caçamba Multi-Flex (com a tampa traseira que possui o recurso de alívio de peso na subia e descida).
O que se pode concluir é que a Montana RS é um carro urbano e, sim, entrega o que se propõe. Sem mais, nem menos. Não é para ser usado numa pista de corrida. Aliás, a própria GM nunca disse que se trata de uma picape esportiva, e sim com design esportivo.
