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The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom é (mais) uma obra-prima da Nintendo

Game exclusivo para Switch consegue evoluir fórmula de sucesso de Breath of the Wild em todos os aspectos

11 mai 2023 - 09h08
(atualizado às 13h43)
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The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom chega em 12 de maio exclusivamente para Nintendo Switch
The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom chega em 12 de maio exclusivamente para Nintendo Switch
Foto: Reprodução / Nintendo

Em 2017, The Legend of Zelda: Breath of the Wild mudou a forma como os jogadores olhavam para jogos de mundo aberto, provocando a curiosidade e o desejo de exploração, com uma Hyrule construída para ser desvendada, com inimigos variados para enfrentar e histórias para se descobrir, sem jamais deixar de lado a narrativa épica. Tears of the Kingdom evolui essa fórmula campeã e consegue ir ainda mais além.

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Em Tears of the Kingdom, se aventurar por Hyrule, o reino que novamente funciona como uma grande personagem, é uma mistura de nostalgia e descobertas. Aqueles que visitaram o reino decaído de Breath of the Wild se sentirão voltando para casa, mas também encontrarão um mundo completamente modificado, mais denso e imersivo, com novas ameaças, atividades e lugares e, acima de tudo, com possibilidades quase infinitas.

Novos poderes

Tudo isso graças, principalmente, às novas habilidades de Link. Depois de perder todos os poderes que aprendeu no jogo anterior, o herói precisa descobrir as alternativas que o novo artefato em seu braço esquerdo lhe proporciona. Isso acontece logo no início da aventura, quando é necessário desbravar a primeira ilha flutuante, localizada bem no centro dos céus de Hyrule, que funciona como um extenso e bem-vindo tutorial. Com a orientação de Rauru, um importante personagem que  inicialmente deixa mais perguntas do que respostas, o objetivo é encontrar quatro Shrines, onde se apresentam as quatro habilidades centrais do jogo. 

Com elas, é possível fazer quase tudo. Link pode atravessar o topo de cavernas, construções e outros ambientes - e retornar rapidamente para o ponto de origem caso se sinta ameaçado; voltar determinados objetos no tempo, o que é essencial para a resolução de alguns quebra-cabeças inventivos e pode ser muito útil em combate; fundir sua arma, escudo ou flechas à outros objetos do cenário; ou unir objetos para criar veículos que permitem alcançar lugares que seriam inacessíveis de outras formas, percorrer longas distâncias rapidamente, navegar por lagos ou voar pelos céus do jogo.

Juntas, essas quatro habilidades dão asas à criatividade dos jogadores e fazem as habilidades do jogo anterior parecerem obsoletas. Há diversas formas de alcançar um objetivo comum em Tears of the Kingdom, que cumpre com maestria sua proposta de ser um desafio à imaginação, seja com suas inúmeras Shrines, que estão ainda mais complexas, seja com seu extenso mundo aberto.

Um mundo de possibilidades

Enquanto as habilidades facilitam a exploração, o ambiente de Tears of the Kingdom a incentiva - e muito, até mais do que em Breath of the Wild. As ilhas flutuantes do jogo trazem uma nova camada à sequência e, embora algumas sejam simples e escondam apenas pequenos tesouros, outras assumem formas enormes e muitas vezes estranhas. Nelas, há Shrines, recompensas valiosas e inúmeros desafios, que vão desde objetivos que exigem rasgar os céus do jogo para conseguir equipamentos exclusivos até enormes criaturas que colocam as habilidades do jogador à prova.

Mas as novidades não se resumem apenas aos céus de Hyrule. Do ponto mais alto do Templo do Vento até as profundidades extremas do Templo do Fogo, há muito o que se fazer em Tears of the Kingdom. A área subterrânea do jogo e a alta densidade de cavernas aumentam ainda mais a sensação de descoberta. 

Somados, esses elementos alimentam a curiosidade de maneira constante - e a tornam mais recompensadora do que nunca: novamente, há sempre algo para se descobrir, inimigos para enfrentar e histórias esperando para serem contadas, mas melhores e em maior quantidade do que no clássico jogo de 2017.

Com tanto à se explorar, parece fácil se perder em meio aos objetivos de Tears of the Kingdom. Mas o jogo consegue equilibrar a exploração com o ritmo da narrativa, que se desenvolve, assim como em Breath of the Wild, de forma calma e contemplativa, sem precisar criar um senso de urgência para ser interessante.

Aventura épica e emocionante

Link e Zelda se separam logo no início da história e narrativa gira em torno do reencontro entre os dois
Link e Zelda se separam logo no início da história e narrativa gira em torno do reencontro entre os dois
Foto: Reprodução / Nintendo

Misturando passado e presente e sempre mantendo um mistério no ar, a história gira em torno da busca de Link pela Princesa Zelda, que é separada do herói logo nos momentos iniciais do jogo, durante uma expedição de reconhecimento pela área subterrânea de Hyrule e após a descoberta de um novo mal. A partir daí, Link começa a seguir as escassas pistas deixadas pela princesa, e precisa se aventurar pelos quatro cantos de Hyrule para conhecer a ameaça que retorna após um longo tempo aprisionada.

Nessa jornada, ele conhece novos aliados importantes, que são como os herdeiros dos Campeões de Breath of the Wild e atendem ao chamado de Zelda para ajudar o protagonista não apenas nos complexos e desafiadores templos de suas regiões, mas também durante sua mais difícil missão. Porém, ao contrário do jogo anterior, eles são mais presentes, seja em combate ou durante a exploração, emprestando sua força e suas habilidades pela maior parte do tempo. Além disso, são personagens de extremo carisma, que não precisam se esforçar para conquistar os jogadores e arrancar sorrisos - ou lágrimas.

Já quando o assunto é combate, Tears of the Kingdom mantém os mesmos alicerces de Breath of the Wild, mas inova ao permitir a fusão de armas, flechas e escudos a outros objetos do cenário. Uma simples espada pode se transformar em um imenso porrete ao ser fundida com uma pedra; o escudo pode se tornar um lança-chamas ou uma bomba relógio, esperando apenas algum inimigo desavisado atacar para ser arremessado longe; e flechas se tornam recursos ainda mais valiosos, pois podem arremessar de gosmas congelantes até flores-bomba e ditar o ritmo dos combates. Porém, fica a sensação de que há espaço para algumas mecânicas que modernizariam a jogabilidade da franquia, como a simples possibilidade de alternar alvos travados de maneira mais dinâmica.

Tecnicamente Tears of the Kingdom é uma evolução de seu antecessor. O jogo está mais fluido e detalhado, parecendo extrair o que ainda resta de potencial no Nintendo Switch. Os travamentos e quedas na taxa de quadros por segundo acontecem, mas são poucos e não prejudicam a experiência. Já os gráficos e a trilha sonora mantém o altíssimo padrão de qualidade característico de The Legend of Zelda: é um jogo contemplativo, que sabe apresentar seus momentos de beleza como poucos. Infelizmente, não há dublagem ou legendas em português, um velho pedido dos fãs brasileiros.

Considerações

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom - Nota: 10
The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom - Nota: 10
Foto: Reprodução / Game On

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom é uma experiência que transcende e, assim como outros jogos da franquia, traz de volta a verdadeira essência dos videogames, seja por um sorriso bobo resultado de algo inesperado, seja por uma narrativa melancólica que emociona. Além de novidades que renovam a experiência, tudo o que deu certo no jogo antecessor está de volta, mas ainda melhor: a sensação de progressão, o combate, a exploração e, principalmente, a vontade de ficar.

The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom chega em 12 de maio, exclusivamente para Nintendo Switch.

*Esta análise foi feita no Nintendo Switch OLED, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Nintendo.

Fonte: Game On
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