Uruguai saboreia dura vitória: "gostamos de ganhar assim"

Em sua segunda Copa do Mundo consecutiva, o Uruguai já vai se mostrando acostumado a protagonizar momentos épicos. Em 2010, eliminou Gana em disputa de pênaltis (com direito a cavadinha de Loco Abreu) depois que Luís Suárez evitou um gol usando a mão - penalidade que foi desperdiçada por Gyan. Quatro anos depois, ainda que sem a mesma dramaticidade, a equipe sul-americana buscou outro resultado improvável.

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Após estreia com derrota para a Costa Rica, o Uruguai venceu a Inglaterra na última quinta-feira, na Arena Corinthians, por 2 a 1, contando com dois gols de Suárez, que 28 dias antes passara por uma cirurgia no joelho esquerdo. Além disso, precisou segurar o ímpeto inglês, que buscou o empate até o minuto final. Um triunfo ao estilo uruguaio.

"Nós gostamos muito mais de ganhar assim, sempre na adversidade. Isso é crucial. Viver uma vitória em um Mundial com um grupo assim, mas temos tranquilidade. A vitória de hoje foi tão boa como a derrota para a Costa Rica foi ruim", disse o capitão Diego Lugano.

O zagueiro não esteve em campo por conta de dores no joelho. Outro titular que não jogou foi Maxi Pereira, que foi expulso contra a Costa Rica. "Vivemos momentos limites, jogando tudo, sempre dando um pouco mais do que temos contra um time que talvez em muitos aspectos é superior ao Uruguai, mas mesmo assim conseguimos", destacou Lugano. 

Além de Suárez, outro jogador que teve desempenho fundamental foi o goleiro Fernando Muslera, que defendeu chute a pouca distância de Wayne Rooney e evitou um placar ainda mais dilatado. O arqueiro concordou com o capitão e brincou que parece que o Uruguai busca vitórias sofridas de forma intencional.

"Penso na alegria e na vontade que essa equipe demonstra. Parece que fazemos de propósito, que sempre temos que jogar no limite. Sofremos, sentimos dores, mas agora vamos festejar", disse Muslera. "Cavani correu quase 12 km. É impressionante o que todos fazem. Todos dão algo por essa seleção", completou o goleiro.