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Carnês e sorteios: como são os planos de sócios pelo mundo

Conheça as diferenças nos programas de sócios torcedores dos principais times e ligas do mundo

15 jan 2016 - 09h04
(atualizado às 09h31)
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Modelo que começou a dar certo recentemente no Brasil, o programa de sócios torcedores já tem funcionado há certo tempo no exterior, tanto no futebol quanto em outros esportes como o basquete e o futebol americano. Times como Palmeiras, Internacional e Corinthians já brigam entre os primeiros do ranking mundial de sócios torcedores, porém o modelo como esses programas funcionam pelo mundo tem certas diferenças ao praticado por aqui.

Veja na lista abaixo como são os programas de sócios dos principais times e ligas pelo mundo:

Benfica (Portugal)

Líder em sócios torcedores no mundo, o time português possui cerca de 270 mil associados, que garantem ao clube uma quantia de mais de R$ 174 milhões ao ano. O programa do Benfica, que serviu de inspiração para o que é praticado no Brasil, garante descontos em lojas, produtos e ingressos para o Estádio da Luz, ao valor de 12 euros ao mês (aproximadamente R$ 12), além de possuir planos para crianças, adolescentes e pessoas que moram nos arredores de Lisboa.

Benfica é o time de futebol com maior número de sócios torcedores no mundo
Benfica é o time de futebol com maior número de sócios torcedores no mundo
Foto: José Coelho / EFE

Bundesliga (Alemanha)

A Alemanha é um dos maiores exemplos de organização no futebol mundial, e a conquista da Copa do Mundo em 2014 é apenas uma consequência dessa estruturação. O principal campeonato do país, a Bundesliga, tem a melhor média de público do mundo e a maioria dos clubes são mantidos pelos seus torcedores, correspondendo obrigatoriamente a 51% das ações dos clubes. Diferente do programa de fidelização feito por aqui, na Alemanha o torcedor compra um carnê com ingressos para todos os jogos do seu time na temporada. Além disso, a entrada por baixo custo também é responsável pela lotação nos estádios. O caso mais evidente é o do Borussia Dortmund, que leva uma média de 83 mil torcedores em seus jogos no Signal Iduna Park. Seu sócio torcedor paga 60 euros ao ano (aproximadamente R$ 254) para ter prioridade na compra de ingressos avulsos e carnês.

A "muralha amarela" lota todos os jogos do Borussia Dortmund no Signal Iduna Park
A "muralha amarela" lota todos os jogos do Borussia Dortmund no Signal Iduna Park
Foto: Sascha Steinbach / Getty Images

Barcelona e Real Madrid (Espanha)

O time mais vitorioso desta temporada possui mais de 150 mil sócios torcedores, mas ainda está atrás do rival Real Madrid, que tem mais de 200 mil associados. Uma das curiosidades do programa do clube catalão é a possibilidade de associar os torcedores ainda bebês. Muitos jogadores, como Neymar, associam seus filhos bem pequenos e acabam sendo um marketing para o clube. Entre os benefícios do programa está conhecer as instalações do Camp Nou, votar nas eleições do clube e adquirir ingressos para as partidas em casa. Já o Real Madrid permite que o torcedor de qualquer país se associe ao clube. O programa internacional possui benefícios como sorteio de viagens à Madri, descontos em estabelecimentos e até compra prioritária de ingressos.

Barcelona permite que o torcedor seja sócio torcedor desde criança
Barcelona permite que o torcedor seja sócio torcedor desde criança
Foto: Alejandro García / EFE

Arsenal (Inglaterra)

Dono do ingresso mais caro da Premier League, o Arsenal é o clube inglês melhor colocado no ranking de sócios torcedores, com mais de 220 mil associados. Em 2005, o time aproveitou-se da inauguração do seu novo estádio, o Emirates Stadium, para elevar o valor da entrada e investir no programa de sócios, tal como é feito pelos clubes brasileiros, dez anos depois. O programa do clube londrino permite a compra de carnês com ingressos para toda temporada. O time possui também um pacote voltado ao público jovem, com setor exclusivo para eles dentro do estádio.

Elevar o preço dos ingressos para valorizar o sócio torcedor já foi feito pelo Arsenal há 10 anos
Elevar o preço dos ingressos para valorizar o sócio torcedor já foi feito pelo Arsenal há 10 anos
Foto: Clive Rose / Getty Images

Boca Juniors (Argentina)

O Boca Juniors também teve muito que comemorar durante o ano de 2015, quando alcançou a marca de 100 mil torcedores associados. Porém, a torcida tem mais dificuldades para comprar ingressos do que benefícios. O clube argentino possui duas modalidades de sócio torcedor: o sócio ativo e o sócio “adherente”. Este primeiro tem acesso ao clube do Boca Juniors e direito a voto, enquanto os adhrentes, o plano mais popular, que dá prioridade de compra para jogos em La bombonera. Foi graças ao programa de sócios e a venda de ingressos, que representa mais de R$ 160 milhões no orçamento do clube, que Tevez pode voltar ao clube no meio do ano passado.

Fanática, a torcida do Boca Juniors faz com que o clube lucre mais R$ 160 milhões com sócios torcedor
Fanática, a torcida do Boca Juniors faz com que o clube lucre mais R$ 160 milhões com sócios torcedor
Foto: Getty Images

NFL (Estados Unidos)

Assim como em outros programas, o torcedor de alguma franquia da NFL (a liga de futebol americano) consegue comprar o carnê com ingressos para toda a temporada, porém a liga permite que o torcedor venda o ingresso de determinado jogo que ele não possa ir através do site oficial da NFL. A prática é comum também em outros esportes americanos, como na NBA e na MLB (beisebol). O caso mais interessante da relação torcedor-clube no futebol americano é o do Green Bay Packers que é o único entre os 31 times da liga que não possui um “dono”. Sem fins lucrativos, o time é mantido pelos próprios torcedores e moradores da pequena Green Bay, que possui cerca de 100 mil habitantes. Eles compram as ações do time e conseguem manter a franquia como uma das mais vitoriosas da NFL. 

O Green Bay Packers é o único time da NFL que é mantido pela sua torcida
O Green Bay Packers é o único time da NFL que é mantido pela sua torcida
Foto: Ronald Martinez / Getty Images
Fonte: Terra
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