Milhares de pessoas seguiram em direção ao Estádio do Maracanã no início da tarde deste domingo, onde Brasil e Espanha farão a final da Copa das Confederações. Desde as 10h (de Brasília), os manifestantes se concentraram na praça Sáenz Peña, na Tijuca, e marcharam ao local do jogo. Por volta das 13h20, a cerca de 100 m do estádio, os manifestantes foram barrados pelo bloqueio policial.
A ideia era chegar ao estádio antes das 13h, horário marcado para que o bloqueio fosse colocado nas proximidades do Maracanã. Porém, por conta da antecipação do protesto, a barreira foi colocada meia hora antes, às 12h30. Os manifestantes foram contidos pela Polícia Militar e soldados do Batalhão de Choque bloquearam o acesso, equipados com armas de efeito moral. Os policiais também bloqueiam outras ruas que dão acesso ao Maracanã.
O protesto está sendo tranquilo e, com a ajuda do Caveirão, carro blindado utilizado para operações em zonas dominadas por traficantes, e de policiais do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) a segurança foi reforçada. Um helicóptero da PM também sobrevoa o local.
Além dos manifestantes, que criticam os gastos para Copa do Mundo no Brasil e a baixa qualidade na educação, segurança e saúde, muitos partidos políticos aproveitam para levantar suas bandeiras.
O deputado federal Chico Alencar (Psol) acredita que será um dia histórico para o País. “Espero que essas manifestações não parem por aqui, e que o povo continue nas ruas para lutar”.
O político admitiu gostar de futebol e espera que a Seleção Brasileira "faça como o povo". “Quero que marque bastante pressão e corra os 90 minutos”, disse, palpitando uma vitória para o Brasil por 1 a 0.
O professor Roberto Barbosa, 36 anos, fez questão de mostrar os motivos da manifestação. “A Copa deveria ser para todos. Assim como os hospitais, a educação e a segurança pública. Mas assim como a Copa, nenhum desses itens básicos é para o povo, somente para a elite”, afirmou.
A manifestação constrastava com a chegada de alguns torcedores, como os amigos Henrique Guilherme Batista e Vinicius Merli, que vieram de São Paulo para a final. Guilherme vestia orgulhoso a camisa da Espanha e Vinicius a do Brasil. “Somos a favor dos protestos, desde que não atrapalhem quem queira vir ao jogo”, disse Guilherme, que espera não ser hostilizado por estar com a camisa da Espanha.
Vinicius disse que protestar é um direito do povo. “Pelo menos estamos fazendo os políticos trabalharem” afirma.
Entre policiais, seguranças e funcionários de empresas que vão trabalhar no Maracanã, as pessoas aproveitavam o domingo nublado para fazer caminhada na pista de atletismo que circula o estádio. Mas o movimento nas calçadas de quem tem ingresso para o jogo começou cedo.
Rodrigo Teixeira veio de Brasília e exibia seu cartaz pedindo que as pessoas não se esqueçam que mais importante que protestar contra a Copa do Mundo é lembrar que ano que vem é preciso votar certo. “Se não, protestar não vai adiantar nada”, disse, sem temer ter o cartaz retirado pela organização da Fifa que proíbe manifestos políticos dentro dos estádios.
Neste domingo, diversos manifestantes saíram às ruas no Rio de Janeiro para protestar contra a má qualidade dos serviços públicos, a corrupção e os investimentos ligados à Copa das Confederações e a Copa do Mundo de 2014
Foto: Mauro Pimentel / Terra
As ações já eram esperadas, já que hoje acontece a final do campeonato, no Estádio do Maracanã; o Brasil enfrenta a Espanha às 19h
Foto: Mauro Pimentel / Terra
A segurança nos arredores foi bem reforçada
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Até o momento, a manifestação está pacífica
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Apesar do isolamento da PM, um grupo de três pessoas chegou ao Maracanã às 9h e até o começo da tarde permanecia na entrada de imprensa protestando contra o fechamento de hospitais no Rio de Janeiro
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Liderado pelo profissional da saúde Antonio Carlos, Hospital Carlos Chagas, o grupo contou que se posicionou em frente ao local para chamar a atenção das redes de televisão e imprensa e comemorava entrevistas para a BBC e Reuters
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Seu principal alvo era a administração de Sérgio Cabral no Governo do Rio de Janeiro
Foto: Daniel Ramalho / Terra
"Precisamos chamar a atenção. O Governo está fechando hospitais, mas tem dinheiro para as obras do Maracanã", disse Antonio Carlos, para quem as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) não fazem cirurgia
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Os protestos no entorno do Maracanã devem ganhar mais força ao longo da tarde deste domingo
Foto: Daniel Ramalho / Terra
A final da Copa das Confederações terá início às 19h (de Brasília) e grupos se organizam em diferentes pontos da cidade para marcharem em direção ao Maracanã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Por este motivo a segurança nos arredores foi tão reforçada
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Um contingente pronto para enfrentar uma situação de guerra é o que se encontra nas ruas que cercam o Maracanã
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Apenas entre homens da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança, são quase 20 mil agentes
Foto: Daniel Ramalho / Terra
As barreiras estão montadas dentro da área restrita pela Fifa, em que apenas passam portadores de ingressos para o jogo
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Pessoas de todas as idades fizeram parte do movimento
Foto: Mauro Pimentel / Terra
"Políticos corruptos", reclamam alguns manifestantes
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Até o momento, a ação segue pacífica
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Bandeiras de partidos também foram vistas em meio à multidão
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Um homem vestido de índio marchou em frente a uma enorme faixa
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Alguns protestaram fazendo música
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Manifestantes também se opõem à atuação da Fifa
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Eles pedem melhorias na gestão dos investimentos
Foto: Mauro Pimentel / Terra
A grande final acontece às 19h e, até lá, os manifestantes devem seguir nas ruas
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Cerca de 3 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar, seguem em direção ao Estádio do Maracanã no início da tarde deste domingo, onde acontecerá a final da Copa as Confederações entre Brasil e Espanha
Foto: Jadson Marques / Futura Press
Os manifestantes se concentraram na praça Sáenz Peña, na Tijuca, e marcharam ao local do jogo
Foto: Jadson Marques / Futura Press
A ideia era chegar ao estádio antes das 13h, horário marcado para que o bloqueio policia fosse colocado
Foto: Jadson Marques / Futura Press
Porém, por conta da antecipação do protesto, a barreira foi colocada meia hora antes, às 12h30
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press
O protesto está sendo tranquilo e a Polícia Militar apenas faz o acompanhamento
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press
Os manifestantes criticam os gastos para Copa do Mundo no Brasil e a baixa qualidade na educação, segurança e saúde
Foto: Reynaldo Vasconcelos / Futura Press
Muitos partidos políticos aproveitam para levantar suas bandeiras
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Manifestantes se sentaram no chão em ato pacífico
Foto: Mônica Garcia/rtevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda / Especial para Terra
Policiais fizeram barreira e acompanharam a ação
Foto: Mônica Garcia/rtevista Comunicação, Assessoria e Empreendimentos Culturais Ltda / Especial para Terra
Faixas com diversos tipos de reclamações colorem as ruas
Foto: Fábio de Mello Castanho / Terra
Mais qualidade de vida, pedem alguns
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O excesso de impostos no Brasil também foi alvo dos manifestantes
Foto: Daniel Ramalho / Terra
O policiamento no entorno do Maracanã foi reforçado
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Protestos para este domingo já eram esperados na cidade do Rio de Janeiro
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Até o momento, não houve confronto
Foto: Daniel Ramalho / Terra
No entanto, a ação preventiva da Polícia já é notada nas ruas
Foto: Daniel Ramalho / Terra
Manifetantes ficam frente a frente com barreira da Polícia Militar
Foto: Mauro Pimentel / Terra
As faixas também mandam recados para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e Sérgio Cabral, governador do estado
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Debaixo de uma enorme faixa, manifestantes circulam pelos arredores do Estádio do Maracanã
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Policiais criaram um cordão de isolamento nos arredores do Maracanã
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Bandeiras brasileiras aparecem não só entre torcida e manifestantes, mas também em imóveis da vizinhança
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Moradores acompanham a movimentação no Maracanã
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Manifestantes protestaram contra os gastos da Copa
Foto: Mauro Pimentel / Terra
Além dos manifestantes, que criticam os gastos para Copa do Mundo no Brasil e a baixa qualidade na educação, segurança e saúde, muitos partidos políticos aproveitam para levantar suas bandeiras
Foto: Mauro Pimentel / Terra
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