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Stroll diz que "aceitaria sem reclamar" se fosse demitido pelo pai: "Não haveria rancor"

Lance Stroll falou sobre a relação que tem com o pai, Lawrence Stroll, dono da equipe Racing Point. E ao ser questionado sobre a possibilidade de ser dispensado, o jovem canadense de 21 anos disse que entenderia: "É negócio, e às vezes é assim"

12 ago 2020 - 09h39
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Lance Stroll garantiu que não guardaria rancor do pai se perder lugar na Racing Point
Lance Stroll garantiu que não guardaria rancor do pai se perder lugar na Racing Point
Foto: Racing Point / Grande Prêmio

Lance Stroll deve ao pai, Lawrence Stroll, a chance de construir uma carreira no automobilismo, entrar na Fórmula 1 e de permanecer nela até hoje. O bilionário empresário canadense, que tem na sua trajetória de sucesso o toque de Midas ao fortalecer marcas importantes no mundo da moda como Prada, Tommy Hilfiger e Michael Kors, entrou de cabeça no universo da F1. Primeiro, como patrocinador da Williams, onde Lance iniciou sua jornada em 2017. Depois, ao comprar a falida Force India, rebatizá-la como Racing Point e dar ao herdeiro o cockpit de uma equipe de meio de grid, mas com potencial para crescer.

Neste ano, Lawrence investiu cerca de £ 182 milhões (R$ 1,2 bilhão) em ações da Aston Martin, tradicional marca britânica de carros esportivos, a salvou da falência e vai colocá-la no grid da F1 no ano que vem, sendo esta o novo nome da Racing Point.

Nas últimas semanas, o nome de Sebastian Vettel vem sendo ventilado como futura nova estrela da Aston Martin. A dúvida sobre quem seria sacado para dar lugar ao tetracampeão, que vive má fase na Ferrari, parece ser "óbvia" de ser respondida até por Sergio Pérez, que tem contrato com a Racing Point até 2022. "Não demitiria meu filho", afirmou o mexicano, ainda titular.

Lawrence Stroll comprou uma equipe para o próprio filho correr na F1
Lawrence Stroll comprou uma equipe para o próprio filho correr na F1
Foto: Racing Point / Grande Prêmio

Mas e se Lawrence Stroll decidir pelo improvável e dispensar o filho? "C'est la vie [É a vida, em tradução livre]", respondeu o canadense de Montreal em entrevista veiculada pelo site Crash.net.

O piloto disse que entenderia se o pai o tirasse da própria equipe. "Existe uma relação de trabalho e existe uma relação de pai e filho. Se ele me tirar da equipe, não haveria rancor. É negócio, e às vezes é assim. Aceitaria sem reclamar, viraria a página e seguiria vivo para lutar no dia seguinte".

Ao falar sobre a relação com o pai, Lance ressaltou. "Ele é uma pessoa fácil de se conviver, tem um bom relacionamento comigo. Há uma ótima química, não se intromete nas minhas coisas e me dá espaço".

Sobre o lado chefe de Lawrence, o filho destacou o trabalho feito para tornar a Racing Point cada vez mais forte, o que de fato aconteceu neste ano, ainda que seja cercado de polêmicas por conta da 'Mercedes rosa', o RP20 que é um clone do Mercedes W10, carro da equipe hexacampeã usado no ano passado.

"Ele faz o que tem de ser feito nos bastidores para tornar o carro o mais rápido possível e juntar para a equipe as pessoas certas", contou.

Sobre o fato de ser criticado por ser um piloto pagante e bancado pelos milhões do pai, Stroll deixa claro que não se importa. "Escutei esse barulho todo durante a minha vida, para ser sincero. Então, fico apenas na minha bolha e mantenho as pessoas que importam perto de mim. Tento responder na pista", finalizou o sétimo colocado no Mundial de Pilotos em 2020.

Grande Prêmio
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