Drugovich diz que Fórmula E não é "válvula de escape " da Fórmula 1
Em entrevista coletiva, o brasileiro recém anunciado pela Andretti na categoria elétrica respondeu algumas questões sobre a sua escolha
Em entrevista coletiva, o brasileiro recém anunciado pela Andretti na categoria elétrica respondeu algumas questões sobre a sua escolha
Na última quarta-feira (24), a Andretti Fórmula E anunciou oficialmente o brasileiro Felipe Drugovich como piloto principal da equipe ao lado de Jake Dennis, e durante uma entrevista coletiva com diversos jornalistas, o jovem de 25 anos respondeu sobre seu futuro e objetivos na categoria elétrica.
Nascido em Maringá, Drugovich foi campeão da Fórmula 2 em 2022 com uma vantagem impressionante para o segundo colocado, e esteve durante muito tempo com o foco na Fórmula 1, sendo reserva da Aston Martin e cotado para a vaga da Cadillac para 2026, entretanto, o destino o colocou de volta na rota da Fórmula E, na qual ele já fez treinos de novatos e até mesmo substituiu Nyck de Vries na temporada passada durante o ePrix de Berlim.
Durante a coletiva, o maringaense foi perguntado sobre suas expectativas para a estreia oficial na sua corrida de casa, voltando à estar de frente com o público brasileiro, e qual seria sua mentalidade a partir dali:
"Bom, primeiramente, eu acho que é uma coisa que me faz muito feliz, que é poder correr em casa, que eu vou estar feliz o fim de semana inteiro, porque é algo que eu venho almejando há muito tempo. "
“Por mais que eu tenha feito a corrida de Berlim, eu ainda tenho que manter essa mesma mentalidade. Um jeito fresco de olhar, tentando aprender o máximo possível. Acho que tentando levar com leveza o tempo inteiro e, talvez, cometer erros no começo, mas, certamente, tentando aprender o máximo possível, que é o que vai me dar performance no futuro, e esse é o objetivo, em algum momento, quero brigar pelo campeonato”
“Então, eu tenho que levar isso com leveza, tentar aprender o máximo possível. Eu sei que vai ser difícil, tem coisas muito diferentes de outras categorias que já corri, então tem muita coisa para aprender, mas é a mentalidade que eu tenho que levar”, afirmou o piloto brasileiro.
Falando sobre seu companheiro de equipe, Jake Dennis, que foi campeão da categoria na temporada de 2022/2023, Felipe falou sobre sua relação com o britânico:
"Já tive contato com ele sim, inclusive a gente mora bem perto, eu saí pra tomar um café com ele esses dias e isso foi bom, eu gostei disso, é um cara que quer levar a equipe pra frente, tem coisas pra se trabalhar [...] acho que meu trabalho é realmente fazer o melhor possível, mas acredito que vai ser um campeonato bom no final das contas, e principalmente no começo, aprender o máximo possível. "
Falando sobre a ascensão de jovens pilotos, egressos da Fórmula 2 que tem ingressado na Fórmula E recentemente, o brasileiro comentou sobre a visibilidade que a categoria tem construído para que isso aconteça:
"Eu acho que as categorias de base têm muito talento, e acaba que não tem muita oportunidade na Fórmula 1, e veem a Fórmula E como uma grande oportunidade, e não só como uma válvula de escape, é uma coisa a longo termo, realmente uma coisa que tem futuro e que você pode construir uma vida, então é uma oportunidade que é vista com bons olhos. " completou.
Felipe Drugovich fará sua estreia como piloto principal no dia 6 de dezembro, ainda esse ano, com a abertura da Fórmula E acontecendo no ePrix de São Paulo, o qual as vendas já estão abertas, com ingressos a partir de R$174,50 no segundo lote.