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ABC vendeu mais ingressos do que o autorizado para jogo contra Palmeiras

5 out 2013 - 20h11
(atualizado em 6/10/2013 às 12h17)
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O ABC disponibilizou mais ingressos do que o autorizado pelo Corpo de Bombeiros para o jogo deste sábado contra o Palmeiras pela Série B do Campeonato Brasileiro, de acordo com informações obtidas junto ao próprio clube e a autoridades do Rio Grande do Norte.

Antes de a bola rolar, o grande número de torcedores em um acesso do estádio Frasqueirão causou tumulto e até invasão de campo de pessoas em pânico. Segundo o vice-presidente comercial do ABC, Alexandre Pinto, 16 mil ingressos foram colocados à venda, e o público presente foi de 15.636 pessoas.

<p>Torcedores escalaram alambrado para fugir do aperto</p>
Torcedores escalaram alambrado para fugir do aperto
Foto: Frankie Marcone / Futura Press

Porém, de acordo com o Serviço Técnico de Engenharia do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte, o estádio Maria Lamas Farache, nome oficial do Frasqueirão, tem capacidade máxima de 15 mil pessoas, informou o tenente Christiano Couceiro, assessor de imprensa da corporação.

O representante dos Bombeiros aponta o excesso de torcedores como a principal causa do incidente no local da partida, que teve seu início retardado em 55 minutos, e foi vencida pelo clube potiguar por 3 a 2. "O estádio estava com a capacidade lotada. Pelo que foi visto, houve um início de tumulto, com pessoas escalando as grades", disse Christiano Couceiro.

Alexandre Pinto, por sua vez, responsabilizou a Polícia Militar pelos problemas no Frasqueirão. Segundo o vice-presidente comercial do ABC, o clube havia solicitado um efetivo de 500 policiais para fazer a segurança da partida, número pedido quando a expectativa de público supera as 12 mil pessoas. Ele afirma, no entanto, que apenas 150 homens foram destacados para o jogo.

Em jogo polêmico, ABC vence Palmeiras e sai do Z-4 pela 1ª vez:

O dirigente explicou ainda que o atraso na chegada do efetivo policial teria dado início ao tumulto, devido ao atraso de uma hora na abertura dos portões, que só acabou acontecendo às 14h30 (de Brasília), uma hora e meia antes do programado para a bola rolar.

O comandante da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo, afirmou que o efetivo destacado para o jogo foi de 300 homens, o que seria o adequado para a expectativa de público de 12 mil pessoas que, segundo ele, foi informada pelo ABC à corporação. Além disso, Araújo garantiu que a chegada dos PMs aconteceu às 13h, uma hora antes do que o recomendado pelo Estatuto do Torcedor (duas horas antes das partidas).

O coronel explicou que o controle de filas, venda de ingressos e bilheteria não são atribuições da corporação e que os problemas na entrada dos torcedores pode ter acontecido por causa da estrutura do estádio. "A atribuição da PM é a preservação da ordem pública no estádio, o controle das pessoas dentro dele é da organização do evento, no caso o clube", afirmou Araújo.

Mais cedo, o diretor de marketing do ABC, Stênio Dantas, deu informação diferente da de Alexandre Pinto, dizendo que 15 mil ingressos haviam sido comercializados, mas afirmou, por outro lado, que este número era inferior ao máximo que o clube poderia vender. "Não houve superlotação. Não foi colocada a carga total de ingressos à venda. O estádio tem capacidade para 18 mil pessoas e nós solicitamos contingente policial para 15 mil pessoas", disse Stênio.

A Central de Gerenciamento de Ocorrências do Corpo de Bombeiros potiguar não informou quantas pessoas foram atendidas devido ao tumulto ocorrido antes do jogo. O órgão destacou que todos os procedimentos foram realizados no próprio posto de saúde do Frasqueirão e que não houve nenhum caso grave.

EFE   
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