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Trio da AmBev paga R$ 18,6 mi à CVM para pôr fim a processos

24 dez 2009 - 14h42
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Os bilionários Marcel Telles, Jorge Paulo Lemann e Carlos Alberto Sicupira, fundadores da AmBev, vão pagar um total de R$ 18,6 milhões à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para encerrar processos administrativos contra eles.

O trio - que controlava a brasileira AmBev quando a empresa foi vendida à belga Interbrew em 2004, dando origem à InBev - era acusado, entre outras coisas, de abuso de poder ao usar o plano de opção de compra de ações da AmBev para elevar suas participações acionárias em detrimento dos acionistas minoritários.

Eles também teriam induzido o então vice-presidente financeiro da AmBev, Luiz Felipe Dutra, a divulgar informações incorretas ao mercado na época da aliança da cervejaria com a Interbrew. Por fim, eles teriam realizado negociações irregulares com ações, com uso de informação privilegiada.

Em processo instaurado pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI) da CVM - o maior dos dois contra Telles, Lemann e Sicupira - eles pagarão, cada um, R$ 5 milhões à autarquia. Em meados de novembro, eles haviam oferecido um total de R$ 3 milhões à CVM, proposta que foi recusada pelo Colegiado.

Trata-se de um dos maiores acordos já fechados com a CVM para encerrar um caso de irregularidades no mercado de capitais brasileiro.

Em 2007, o Banco Safra pagou R$ 28 milhões ao mercado e R$ 1,5 milhão à CVM para suspender um processo por suspeita de uso de informação privilegiada por um fundo de investimento.

Em outubro deste ano, o Credit Suisse aceitou pagar R$ 19,2 milhões para acabar com processo na autarquia em que era acusado também de uso de informação privilegiada, nesse caso para negociar ações da Embraer .

Além do processo de R$ 15 milhões, o trio da AmBev ofereceu o valor total de R$ 3,6 milhões para encerrar um segundo caso. Desse montante, R$ 3,03 milhões referem-se à Sicupira e o restante é dividido em partes iguais por Telles e Lemann.

Essa segunda investigação na CVM partiu de reclamação feita em abril de 2004 pela Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil e com participação minoritária na Ambev. Na ocasião, a Previ tinha 8,8% do capital da cervejaria brasileira.

Além dos três, fundadores da AmBev pagarão à CVM para se livrar desse processo.

Conforme a CVM, Victório Carlos de Marchi, José Heitor Attílio Gracioso, Roberto Herbster Gusmão, Magim Rodriguez Júnior e Vicente Falconi Campos se dispuseram a pagar um total de R$ 1 milhão, sendo R$ 200 mil cada um.

Os cinco eram conselheiros da AmBev na época e foram acusados de não exercerem suas funções de forma adequada na análise da incorporação da cervejaria canadense Labatt pela AmBev, como parte da união com a Interbrew.

Dutra, ex-vice-presidente financeiro da AmBev que teria divulgado informações incorretas e imcompletas ao mercado, apresentou proposta de pagamento à CVM de R$ 400 mil.

A AmBev faz parte da AB InBev , formada no fim de 2008 pela compra da americana Anheuser-Busch pela InBev.

Telles, Lemann e Sicupira estão entre os principais acionistas da AB InBev.

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Fonte: Invertia Invertia
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