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Semana inicia com Ibovespa em compasso de espera por EUA-China e Previdência

30 set 2019 - 11h35
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A segunda-feira na Bolsa brasileira começa meio lenta, com o índice perto da estabilidade. Apesar do tom positivo dos mercados acionários externos, os ganhos não parecem consistentes, em meio a idas e vindas a respeito da novela comercial entre Estados Unidos e China, ainda que o encontro oficial entre as duas partes esteja perto de acontecer.

As commodities cedem lá fora, o que pode ser um impeditivo para o Ibovespa encerrar o dia em alta. No entanto, o mês de setembro caminha para fechar com valorização (até agora acumula 3,84%), depois de um agosto negativo, de 0,67%.

Além da expectativa por novidades na seara comercial sino-americana, o investidor doméstico deve acompanhar com afinco o noticiário político, já que amanhã está prevista a votação do texto da reforma previdenciária no Senado.

Às 11h12, o Ibovespa cedia 0,02%, aos 105.056,66 pontos.

"As commodities não ajudam tanto. O minério sobe com dados positivos da indústria manufatureira da China, mas o petróleo cai. O mercado deve ficar em compasso de espera. A tendência é ficar de lado, esperado informações mais positivas com relação à reforma política", estima Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença DTVM.

Depois de fecharem o último pregão com perdas em reação a relatos de que a Casa Branca estaria considerando restringir investimentos dos EUA na China, os índices futuros de Nova York avançam. Há relatos de que a informação de que o governo norte-americano estaria considerando impor restrições a empresa chinesas são imprecisas.

Além da expectativa de uma segunda-feira de instabilidade para a Bolsa brasileira, o economista-chefe da ModalMais, Álvaro Bandeira, também não descarta uma semana volátil para o mercado acionário local. Conforme ressalta, há uma gama de indicadores e informações a serem conhecidas que podem deixar o mercado em compasso de espera.

"O importante é que fechou a semana passada com a quinta valorização consecutiva e deve encerrar setembro com ganhos, apesar das incertezas que nortearam o período, reforçando o processo de recuperação", pondera. "Também deve caminhar para buscar novo recorde em breve", completa.

Vale ressaltar que o feriado na China de sete dias deve limitar o volume de negócios nos mercados como um todo.

Bandeira ainda acrescenta que os dados da pesquisa Focus divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC) são positivos, sobretudo quanto à taxa Selic. No boletim, a mediana das expectativas para o juro fechado este ano passou de 5,00% para 4,75%, seguindo em 5,00% para 2020. Para 2021, no entanto, a estimativa cedeu de 6,75% para 6,50% ao ano.

Estadão
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