Sem direção única, dólar sobe ante euro e recua em relação ao iene e à libra
O dólar não apresentou direção única na sessão desta terça-feira, 24, e foi movido por fatores idiossincráticos inerentes a divisas tanto principais quanto de emergentes. Enquanto o noticiário do Brexit deu força à libra, indicadores relacionados à demanda na zona do euro se tornaram vento de proa para a moeda única. Já as especulações em torno de um ajuste nos estímulos monetários do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) voltaram a conferir algum impulso ao iene. Por outro lado, a decisão do banco central da Turquia de manter os juros inalterados levou o dólar às máximas ante a lira turca.
Perto do horário de fechamento em Nova York, o dólar caía de 111,44 ienes na tarde de ontem para 111,19 ienes e o euro recuava de US$ 1,1695 para US$ 1,1689, enquanto a libra tinha alta de US$ 1,3104 para US$ 1,3149.
Refletindo a ausência de tendência única, o índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou em baixa de 0,06%, aos 94,608 pontos.
No Reino Unido, foi a afirmação pela primeira-ministra Theresa May de que, de agora em diante, ela liderará pessoalmente as tratativas da saída britânica da União Europeia fortaleceu a libra ante a moeda americana, com investidores crendo na propensão da conservadora por um Brexit "suave".
Já o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro decepcionou agentes de mercado, com o indicador composto, que engloba serviços e industrial, recuando de 54,9 em junho para 54,3 na preliminar de julho, de acordo com a IHS Markit. Daí derivou alguma pressão sobre o euro.
Entre os emergentes, ressoou a decepção de investidores com a manutenção pelo BC da Turquia dos juros básicos em 17,75%, quando a expectativa era de uma elevação para conter a galopante inflação no país. Às 18h06 (de Brasília), o dólar saltava a 4,8879 liras turcas, mas chegou a tocar a máxima de 4,9392 liras turcas ao longo do dia.
