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IPCA-15, prévia da inflação oficial, desacelera e fica em 0,21% em abril, informa o IBGE

Número veio abaixo do esperado pelo mercado, que projetava 0,29%; em 12 meses, índice ficou em 3,77%

26 abr 2024 - 09h34
(atualizado às 09h56)
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Preço da passagem aérea teve queda em abril
Preço da passagem aérea teve queda em abril
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

RIO - O IPCA-15, prévia da inflação oficial no Brasil, ficou em 0,21% em abril, uma desaceleração em relação ao número de 0,36% registrado em março, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira, 26, pelo IBGE. O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que apontava aumento de 0,29%. As estimativas iam de alta de 0,16% a 0,38%. Em abril de 2023, o IPCA-15 foi de 0,57%.

Com o resultado anunciado nesta sexta-feira, o IPCA-15 acumula um aumento de 1,67% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 3,77%. As projeções iam de avanço de 3,71% a 4,49%, com mediana de 3,85%. O IPCA-15 usa o mesmo método do IPCA, a inflação oficial. A diferença é o período de coleta: para o número deste mês, os preços foram coletados no período de 15 de março a 15 de abril. Para o IPCA, a coleta é feita entre o início e o fim do mês.

De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas Transportes registrou queda em abril (-0,49%). O maior impacto (0,13 ponto porcentual no índice) veio do grupo Alimentação e Bebidas, que subiu 0,61%, seguido de Saúde e Cuidados Pessoais (0,78% e 0,10 ponto porcentual de impacto). As demais variações ficaram entre o 0,03% de Artigos de residência e o 0,41% de Vestuário.

No grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio subiu 0,74%. "Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (17,87%), do alho (11,60%), da cebola (11,31%), das frutas (2,59%) e do leite longa vida (1,96%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-8,72%) e as carnes (-1,43%)", diz a nota do IBGE.

Ainda segundo o instituto, a alimentação fora do domicílio (0,25%) desacelerou em relação ao mês de março (0,59%), em virtude da alta menos intensa da refeição (0,76% em março para 0,07% em abril). "O lanche (0,47%) teve variação superior à registrada no mês anterior (0,19%)."

Em Saúde e Cuidados Pessoais, a maior contribuição (0,05 ponto porcentual) veio dos produtos farmacêuticos, que subiram 1,36%, após a autorização do reajuste de até 4,5% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março. "Além disso, o item plano de saúde (0,77%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2023 a 2024?, diz o IBGE.

No grupo Transportes, houve o impacto da queda na passagem aérea (-12,20%). Em relação aos combustíveis, que caíram 0,03%, somente o etanol (0,87%) teve alta, enquanto o gás veicular (-0,97%), o óleo diesel (-0,43%) e a gasolina (-0,11%) registraram queda nos preços.

Estadão
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