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Prêmio Broadcast Empresas destaca commodities, saúde e consumo

Premiação é realizada pela Agência Estado em parceria com a Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas

1 jul 2022 - 05h10
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O mantra corporativo de que crises abrem oportunidades transparece nos discursos dos vencedores do Prêmio Broadcast Empresas 2022, realizado pela Agência Estado em parceria com a Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP). O levantamento destaca as dez empresas de capital aberto que tiveram o melhor resultado para seus acionistas no ano anterior.

Em 2021, com a pandemia e a quebra das cadeias globais de fornecedores, as empresas que apostaram em diversificação dos negócios e ampliação da produção conseguiram sobressair. Das 204 empresas avaliadas, as vencedoras são: Weg (1.º), que também leva os troféus especiais Novo Mercado e Sustentabilidade; RaiaDrogasil (2.º); Klabin (3.º); JBS (4.º); Braskem (5.º); Vale (6.º); Rede D'Or (7.º); Ambev (8.º); Arezzo (9.º), também premiada na categoria especial Small Cap; e São Martinho (10.º).

"O Prêmio Broadcast Empresas é a reafirmação da nossa crença na iniciativa privada e na criação não só de riquezas, mas também de valores éticos", afirmou o diretor de jornalismo do Grupo Estado, Eurípedes Alcântara.

"O ranking replica o que aconteceu na conjuntura econômica em 2021", disse o professor de economia da FGV Joelson Sampaio. Ele observa que houve um pico no início do ano na área de saúde, devido à covid-19, e seguiu favorável no cenário de commodities, o que ajudou as grandes exportadoras. E foi um ano de retomada da atividade econômica, ainda que lenta, o que, segundo Sampaio, justifica o desempenho de empresas voltadas ao mercado interno.

A primeira colocada, a fabricante de motores elétricos Weg, consolidou a visão estratégica para o crescente mercado de mobilidade elétrica. "Temos boas oportunidades vindas dos novos negócios. E a tendência de mobilidade elétrica é irreversível", disse Harry Schmelzer Jr., presidente da Weg.

Suprimentos

O ano de 2021 foi marcado pela quebra das cadeias de suprimentos globais, que restringiu a oferta de peças e chips para as grandes indústrias e configurou um novo xadrez global após seguidas interrupções de fornecimento pela China devido à covid-19. E, com o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro deste ano, o mercado internacional tornou-se ainda mais desafiador.

A cadeia de suprimentos global foi tema do debate realizado ontem, na cerimônia de entrega do Prêmio Broadcast Empresas 2022, com Marcello Estevão, diretor global de Macroeconomia, Comércio e Investimento do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), e Renata Amaral, professora adjunta de comércio internacional da faculdade de Direito da American University, em Washington, e membro do conselho consultivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do governo federal.

"Toda crise é um momento de o País tentar se integrar mais. O Brasil está muito atrasado nesse debate", disse Estevão. "Brasil e EUA se vendem como celeiro do mundo após a guerra na Ucrânia. Essas economias poderiam andar juntas. Assim, ofereceriam muito mais ao mundo", diz Renata.

Metodologia

O ranking, em sua 22.ª edição, reflete um conjunto de sete indicadores utilizados por investidores e profissionais do mercado financeiro. São eles: a variação da rentabilidade patrimonial; pagamento de dividendos em relação ao patrimônio; índice preço/lucro (PL); preço/valor patrimonial da ação (P/VPA); oscilação da ação; volatilidade da ação; e liquidez. Cada empresa é representada pela sua ação mais líquida (ON ou PN). Há ainda as categorias especiais Novo Mercado, Sustentabilidade e Small Cap, que destacam as empresas mais bem colocadas que sejam também participantes dos respectivos índices da B3: IGC-NM, ISE e SMLL.

Estadão
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