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Petróleo recua com cautela de que grandes produtores possam elevar produção

2 jul 2018 - 14h42
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Os preços do petróleo operam em queda nesta segunda-feira em meio a preocupação de que grandes produtores de petróleo possam aumentar a produção mais do que o esperado. Às 8h06 (de Brasília), o barril do petróleo tipo Brent para setembro recuava 0,59% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 78,78, enquanto o do WTI para agosto caía 0,07% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 74,11. O presidente dos EUA, Donald Trump, assustou o mercado de petróleo no sábado ao escrever em sua conta no Twitter que a Arábia Saudita concordou em aumentar sua produção em cerca de 2 milhões de barris por dia para compensar a queda na produção da Venezuela e o esperado declínio na oferta do Irã. A Casa Branca, posteriormente, esclareceu em comunicado que, em conversa telefônica com Trump, o rei saudita Salman bin Abdulaziz Al Saud havia dito que seu país dispõe "de uma capacidade ociosa de dois milhões de barris por dia", que será "usada prudentemente, se e quando necessário". Ainda assim, os investidores permaneceram nervosos sobre eventos geopolíticos que podem perturbar o mercado de petróleo. O vice-secretário de Energia dos EUA, Dan Brouillette, disse na sexta-feira que os países que compram o petróleo iraniano receberão a oportunidade de reduzir gradualmente suas compras. Os comentários de Brouillette estavam em contradição com uma declaração anterior do governo Trump de que Washington sancionaria países que não cortarem as importações de petróleo do Irã para "zero" até 4 de novembro. "É problemático para os EUA em termos de sanções para o Irã", disse Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities do SEB Markets. "Eles querem que as sanções sejam implementadas o mais rápido possível, da forma mais vigorosa possível, mas ao mesmo tempo querem um preço menor do petróleo. É uma contradição." Os preços do petróleo subiram com força na semana passada, com os investidores antecipando um aperto no mercado com mais quedas nos estoques, devido à demanda global robusta e às interrupções no abastecimento de vários produtores soberanos. Especialistas antecipam que o mercado perderá um adicional de 1,5 milhão de barris de petróleo por dia até o final deste ano, principalmente devido a interrupções na Venezuela e no Irã. Analistas estão observando a evolução na Líbia, onde os principais portos de petróleo foram fechados devido a uma luta interna pelo poder no país, que removeu 850 mil barris por dia do mercado global de petróleo. Em uma declaração enviada nesta segunda-feira ao The Wall Street Journal, a National Oil, da Líbia, disse que declarou força maior nos portos de Zueitina e Hariga, na Líbia Oriental. Uma facção militar que controla a área, o Exército Nacional da Líbia, tem impedido que seus navios entrem nos portos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Estadão
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