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Mercado prevê manutenção da Selic em 15% e só projeta queda a partir de 2026

Dúvida dos economistas é sobre quando deve começar o ciclo de queda da taxa básica de juros

5 nov 2025 - 04h59
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Resumo
O mercado financeiro espera que o Copom mantenha a Selic em 15%, com expectativa de cortes nos juros apenas a partir do primeiro trimestre de 2026, dependendo dos dados econômicos e inflação.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define nesta quarta-feira, 5, a nova taxa de juros
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central define nesta quarta-feira, 5, a nova taxa de juros
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Analistas do mercado financeiro acreditam que o Comitê de Política Monetária (Copom) irá manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% na próxima reunião, a ser finalizada nesta quarta-feira, 5. Para economistas, a expectativa recai sobre o que dirá a ata do Copom com relação à possibilidade de haver novas altas no futuro. 

"A principal dúvida é se será mantido o trecho em que o Comitê afirma que pode retomar o ciclo de alta de juros se for apropriado. Entendemos que esse trecho pode ser retirado, deixando as portas abertas para o início do ciclo de corte de juros no início do próximo ano. Caso contrário, se esse texto for mantido, a probabilidade do início do ciclo de cortes ser mais para frente deve crescer", avalia Júlio Barros, economista do Banco Daycoval. 

Para especialistas da Warren Investimentos, a ata da reunião anterior deu a entender que a partir de agora o comitê assumiu a manutenção da taxa em 15% e interrompeu o ciclo de altas. A taxa, como avaliam, já se encontra em nível amplamente reconhecido como restritivo. 

"Os dados de atividade e inflação sinalizam que a política monetária tem surtido os efeitos desejados — inclusive encerrando o debate sobre sua eficácia. A possibilidade aberta de novas altas poderia ser interpretada como uma ameaça pouco crível ou como relutância do Copom em reconhecer os avanços observados", defendem os economistas da Warren. 

Ainda assim, os primeiros cortes na taxa de juros só devem vir a partir do primeiro trimestre de 2026, considerando, principalmente, a resiliência do mercado de trabalho que mantém o consumo em alta. "A partir de janeiro, o cenário deve evoluir para permitir um corte inicial de 25 bps, seguido por reduções subsequentes entre 25 e 50 bps, encerrando o ano com a Selic em 12,25% — patamar que ainda se configura como restritivo", completa a Warren.

Roberto Simioni, economista-chefe da Blue3 Investimentos, destaca também que as projeções de inflação para 2025 e os próximos anos estão caindo, mas permanecem acima da meta estabelecida. 

"A manutenção das projeções, mesmo que dentro do intervalo de tolerância (1,5% a 4,5%), reforça a percepção de que a ancoragem plena das expectativas ainda não foi alcançada. Este desvio limita significativamente o espaço para uma acomodação monetária imediata", considera.

Ele avalia que a principal incerteza do mercado agora reside em entender quando a Selic começará a cair, debatendo-se a janela entre janeiro e março de 2026.

Fonte: Portal Terra
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