Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Mercado não espera surpresas na Selic, mas fica de olho em tom do comunicado a dois dias do tarifaço

Cenário de tensão comercial entre EUA e Brasil pode influenciar tom do comunicado do Copom

30 jul 2025 - 04h59
Compartilhar
Exibir comentários
Resumo
O Copom deve manter a Selic em 15% ao ano, mas o mercado está atento ao tom do comunicado, influenciado por tensões tarifárias entre EUA e Brasil e possíveis impactos na inflação e câmbio.
Diretores do Banco Central do Brasil.
Diretores do Banco Central do Brasil.
Foto: Raphael Ribeiro/ Banco Central

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira, 30, o patamar da taxa de juros com expectativa unânime do mercado de manutenção em 15% ao ano. Se por um lado é consenso a interrupção da alta, por outro há dúvidas sobre o tom do comunicado, bem como a divulgação da ata pós-Copom, considerada a 'cereja do bolo' por indicar o raciocínio dos diretores do BC.

A dúvida sobre o tom do comunicado ocorre em razão de um novo elemento que surgiu para esta reunião: o tarifaço dos Estados Unidos. Está previsto para entrar em vigor na sexta-feira, 1º, a tarifa de 50% prometida por Donald Trump para todos os produtos brasileiros vendidos ao mercado norte-americano. Pelo menos até o momento, não há sinal de que esse movimento poderá ser revertido ou adiado.

O Terra consultou economistas e analistas de investimentos para entender como esse novo cenário de tensão comercial entre EUA e Brasil pode influenciar no tom do comunicado do Copom. Everton Gonçalves, diretor de Economia da Associação Brasileira de Bancos (ABBC), afirma que o novo cenário deve compor a avaliação do balanço de riscos do Banco Central.

“Observa-se uma grande complexidade para se precisar os possíveis desdobramentos da disputa tarifária no comércio internacional na dinâmica inflacionária e na evolução dos preços dos ativos financeiros (câmbio e juros), de modo que a depender dos dados não se pode descartar que no futuro possa ocorrer uma retomada nos ajustes da taxa básica de juros, no caso de uma deterioração no quadro inflacionário”, avalia Gonçalves.

"O mercado, por ora, tem reagido com cautela, mas pode se tornar mais sensível conforme os desdobramentos. Nesse contexto, o Banco Central pode vir a ser pressionado a adotar medidas", complementa Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos.

Os possíveis impactos da guerra tarifária sobre o Brasil adicionam mais incerteza, reforçando a posição de cautela do comitê. Para Julio Ortiz, CEO e co-fundador da CX3 Investimentos, não é o momento para riscos. “O caminho natural deve ser o conservadorismo. Manter a condução da política monetária da forma como tem sido conduzida desde o final de 2024 parece ser a conduta mais correta.”

Embora essas tensões entram no radar e devam influenciar o tom do comunicado, na visão dos especialistas, o foco do Copom continua sendo o cenário doméstico. A pesquisa Focus tem mostrado um quadro otimista para a inflação. Apesar de ainda estar acima da meta, de 4,5% ao ano (considerando a margem de segurança), por nove semanas a pesquisa indica queda da inflação em 2025. A previsão da inflação em 2026 também tem apresentado queda.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade