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'Temos condições de não fazer do dia 1º um dia fatídico; canais estão desobstruindo', afirma Haddad

Ministro afirmou que o presidente Lula vai decidir entre um cardápio de diferentes medidas para o plano de contingência sobre tarifaço

29 jul 2025 - 15h29
(atualizado às 15h34)
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Tem 'viralatismo' de ficar abanando o rabo; não é assim que funciona a diplomacia, diz Haddad
Tem 'viralatismo' de ficar abanando o rabo; não é assim que funciona a diplomacia, diz Haddad
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 29, afirmou que o Brasil tem condições de "não fazer do dia 1º de agosto um dia fatídico", em referência ao início da vigência da tarifa de 50% imposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump. O ministro afirmou que os canais para negociação estão "desobstruindo".

Haddad disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai decidir entre um cardápio de diferentes medidas para o plano de contingência em relação ao tarifaço.

"Tem desde coisas estruturais até coisas de curto prazo, que é, por exemplo, o socorro a empresas que sejam duramente afetadas e não tenham condições de enfrentar esse desafio que está sendo imposto ao Brasil", disse Haddad, em entrevista à CNN Brasil.

Um socorro às empresas poderia ocorrer via concessão de crédito a juros baixos e com prazo de carência, como ocorreu após a tragédia do Rio Grande do Sul em 2024, explicou Haddad. As empresas brasileiras provavelmente terão de se adaptar e abrir novos mercados, mas não poderão fazê-lo no curtíssimo prazo, disse.

"Nós estamos procurando apresentar um cardápio para o presidente que possa ser utilizado de acordo com a necessidade de cada setor", reforçou o ministro da Fazenda.

Haddad acrescentou que a pauta de exportações do Brasil é mais diversificada do que a de outros países ameaçados com tarifas, como Canadá e México. O País vende mais para outras regiões do que para os EUA, ele disse. Além disso, o acordo de comércio entre Mercosul e União Europeia (UE) já está avançado e pode ser concluído ainda este ano, destacou o ministro.

O ministro lembrou que o Brasil tem déficit comercial com os americanos, o que elimina a necessidade de sanções econômicas. Ele acrescentou que as tarifas devem aumentar os preços de produtos para consumidores americanos, e podem derrubar os preços no Brasil, pelo redirecionamento de oferta.

"Tudo para dizer que a gente tem que ter muita cautela, muita sobriedade, nós não podemos nem ser arrogantes, nem ser submissos", afirmou.

Estadão
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