Caso Master: Vorcaro e ex-presidente do BRB se contradizem em depoimento à PF, diz jornal
Delegada da Polícia Federal encarregada dos interrogatórios decidirá se haverá acareação de versões
Daniel Vorcaro, do Banco Master, e Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB, apresentaram contradições em depoimentos à PF sobre fraudes na venda de carteiras de crédito; acareação dependerá de decisão da delegada responsável.
O dono do Banco Master, Daniel Vorcaro, e o ex-presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, apresentaram contradições em seus depoimentos à Polícia Federal nesta terça-feira, 30. A informação é do Estadão/Broadcast e dá conta de que a condição das oitivas indica que uma acareação poderá ser necessária para esclarecer os fatos.
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Os depoimentos são colhidos pela PF presencialmente, em uma sala no Supremo Tribunal Federal (STF). A oitiva de Vorcaro durou aproximadamente três horas e Costa foi ouvido em seguida pela delegada Janaína Palazzo, responsável pelo caso.
Depois, ocorrerá o depoimento de Ailton Aquino Santos, diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), o único dos três que não é investigado.
Inicialmente, o ministro do STF Dias Toffoli, relator do processo, determinou a realização da acareação antes da coleta dos depoimentos. Já na segunda-feira, 29, o STF determinou que a acareação só ocorrerá caso a delegada avalie que existam contradições entre as versões apresentadas.
Na acareação, os depoentes são colocados frente a frente para que as falas sejam confrontadas.
Vorcaro e Costa estão sob investigação da PF por irregularidades na venda de falsas carteiras de crédito consignado do Banco Master para o BRB por R$ 12,2 bilhões. Aquino, por outro lado, é o diretor que recomendou o voto pela liquidação do banco para a diretoria colegiada do BC.
Ele e o presidente do BC, Gabriel Galípolo, também informaram ao Ministério Público sobre indícios de fraude encontrados no banco de Vorcaro. O BC, por sua vez, decretou a liquidação do Master em 18 de novembro.
Vorcaro foi preso preventivamente em 17 de novembro, mas foi solto com tornozeleira eletrônica 12 dias depois, após receber um habeas corpus. Costa foi afastado da presidência do BRB após decisão judicial.
A investigação foi parar no STF após a apreensão de um documento em posse de Vorcaro que citava um deputado federal, revelou o Estadão.