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INTL FCStone: sem imposto de exportação, área de milho na Argentina deve crescer

28 ago 2018 - 11h27
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São Paulo, 28 - O aumento na área de milho na Argentina, anunciado no dia 23 deste mês pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BCBA), está relacionado principalmente com o fim da taxação sobre as exportações dos cereais do país, feitas no fim de 2015, avaliou nesta terça-feira, 28, em nota, o analista de mercado João Macedo, da consultoria INTL FCStone. Conforme a BCBA, a Argentina deve aumentar em 7,48% a área de milho na próxima safra, referente ao ciclo 2018/19, alcançando 5,8 milhões de hectares, a maior colheita desde os anos 2000.

Outro fator a estimular a expansão do cereal na Argentina é a valorização de preços do grão e a ausência de taxas de exportação - ante 26% de taxa para a soja, fator limitante para a forte recuperação da área da oleaginosa, após a quebra da safra 2017/18. O que ainda pesa a favor da soja, porém, é a possibilidade de expansão de negócios com a Ásia, em razão da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.

Se o aumento de área de milho se confirmar, há a possibilidade de normalização das condições de oferta e de preços do grão na América Latina em 2019. "Caso o aumento da produção seja confirmado, a Argentina deve recuperar em 2018/19 parte das exportações que atualmente estão sendo perdidas para os Estados Unidos", diz a INTL FCStone.

O analista da consultoria ressalta, porém, que ainda é cedo para afirmar que a Argentina terá uma grande safra. "Atualmente, o prognóstico climático não é favorável. Os trabalhos do plantio do milho temprano, que é semeado mais cedo, estão sendo dificultados pela falta de umidade em grande parte do território, especialmente na região norte e em Córdoba." O relatório explica que a semeadura de lotes tardios se intensifica em dezembro. "Logo, ainda é muito incerto dizer se a atual seca limitará a capacidade de plantio da Argentina", diz.

Estadão
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