Imóveis novos vão de R$ 190 mil a R$ 48 milhões em São Paulo
Obra da Benx Incorporadora e RFM Construtora, o 280 Art Boulevard tem o apartamento mais caro; imóveis mais baratos são do Mapp Barra Funda, da Plano&Plano com a Mundo Apto
ESPECIAL PARA O ESTADÃO - De todos os apartamentos lançados em São Paulo no ano passado, o mais caro custa R$ 48 milhões, de acordo com o levantamento da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). Obra da Benx Incorporadora e RFM Construtora, o 280 Art Boulevard será construído na Avenida Cidade Jardim 280, com cinco suítes distribuídas em 638 m² de área útil em cada uma das 16 unidades do empreendimento.
Em 2023, foram lançados 319 condomínios na cidade com valor geral de vendas (VGV) de R$ 47 bilhões, informa o sócio-diretor da Embraesp, Douglas Menezes, da área de Inteligência e Análise de Mercado. Os três projetos que têm os apartamentos mais caros ficam na zona sul.
Em segundo lugar, aparece o Vizcaya Itaim, da Lucio Engenharia. São 23 unidades tipo, com 4 suítes em 541 m² e preço de R$ 30 milhões, além de uma cobertura com área de 1,1 mil m² privativos.
A seguir, vem o Saffire, em Moema, da Lavvi, em parceria com a grife Elie Saab, estilista libanês de coleções de alta costura. Serão duas torres, uma com 24 unidades de 493 m², cujo preço é de R$ 20 milhões - na outra torre, os apartamentos têm 360 m². As vendas estão a cargo da Lopes Consultoria Imobiliária.
"Produto de altíssimo padrão, por definição, é escasso" diz Cyro Naufel, diretor institucional da Lopes. "A premissa número 1 é a localização diferenciada. Como isso é finito, os terrenos são cada vez mais disputados e valorizados."
Na outra ponta, os imóveis mais baratos são da Plano&Plano, que lançou o Mapp Barra Funda, em parceria com a Mundo Apto, empresa do grupo Setin para baixa renda. Em duas torres, com 300 apartamentos de 25 m² e 1 dormitório, o preço de lançamento foi de R$ 190 mil (ou R$ 7,6 mil/m²).
Localizado em região com franco desenvolvimento, segundo Rodrigo Luna, fundador da Plano&Plano, o empreendimento atendeu famílias com renda de até três salários mínimos. "Nessas faixas mais baixas, é maior a demanda", diz. "Foi sucesso por sua concepção e área comum completa, com salões de festas e jogos, coworking e academia."
A Barra Funda foi o distrito de São Paulo que registrou a maior quantidade de imóveis econômicos lançados no ano passado, com 2.249 apartamentos, de acordo com o anuário do Secovi-SP.
A seguir, vieram São Mateus, Jardim São Luís e Itaquera, cada um com mais de 2 mil unidades, e Santo Amaro, com 1,5 mil moradias.