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Ibovespa fecha em alta após retomada das discussões EUA-China

1 jul 2019 - 17h06
(atualizado às 17h54)
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O Ibovespa fechou no azul nesta segunda-feira, sustentado por ações de empresas de proteína e da Vale, em meio ao viés positivo de praças acionárias no exterior após Estados Unidos e China concordarem em retomar discussões comerciais.

Fachada da B3, em São Paulo
REUTERS/Paulo Whitaker
Fachada da B3, em São Paulo REUTERS/Paulo Whitaker
Foto: Reuters

O Ibovespa subiu 0,37%, a 101.339,68 pontos. O volume financeiro da sessão somou 14,79 bilhões de reais. Na máxima, o Ibovespa subiu a 102.431,61 pontos, encostando no recorde intradia, mas arrefeceu os ganhos conforme as ações de bancos e da Petrobras perderam força.

Os governos norte-americano e chinês concordaram no sábado em retomar discussões comerciais, com os EUA suspendendo a imposição de novas tarifas sobre exportações chinesas.

"O avanço é bem recebido e traz alívio às tensões globais, o que deve dar sustentação aos mercados no curto prazo", disse a XP Investimentos.

No Brasil, as atenções continuam voltadas à comissão especial da Câmara dos Deputados, que pode votar esta semana o parecer do relator da proposta da reforma da Previdência.

Na terça-feira, líderes partidários, governadores, o relator da proposta, deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tentarão chegar a uma solução sobre a inclusão de Estados e municípios no texto. Só então haverá a leitura de uma complementação de voto na comissão, o que abre o caminho para a votação da proposta.

O mercado também repercutiu a pesquisa semanal Focus do Banco Central, mostrando que economistas passaram a ver mais afrouxamento monetário neste ano e no próximo, em meio a estimativas cada vez mais fracas para o crescimento da economia. O Ministério da Economia divulgou superávit comercial de 5 bilhões de dólares em junho.

Estrategistas começaram o segundo semestre com viés relativamente otimista para a bolsa brasileira, de olho na votação da reforma da Previdência e possibilidade de corte nos juros pelo Banco Central.

DESTAQUES

- JBS e BRF subiram 5,5% e 8,67%, respectivamente, em meio a notícias de que as mortes de animais com gripe suína na China podem ser o dobro do número oficial. O acordo preliminar de livre comércio entre Mercosul e a União Europeia (UE) na sexta-feira, também manteve o otimismo para o setor. No caso da BRF, repercutiram ainda a reportagem do jornal Valor Econômico de que a empresa recebeu oferta por ativos no Oriente Médio. MARFRIG ON subiu 3%.

- VALE avançou 3,53%, conforme os futuros de minério de ferro na China saltaram para um nível recorde, estendendo um rali impulsionado pela oferta restrita. CSN ganhou 1,68%.

- PETROBRAS PN caiu 0,55% e PETROBRAS ON recuou 0,33%, apesar da elevação dos preços do petróleo no mercado externo, em meio a movimentos de ajustes de início de mês, após os papéis terem acumulado em junho altas de 7,28% e 6,3%, respectivamente.

- SANTANDER BR UNT avançou 0,55%, melhor desempenho entre bancos listados no Ibovespa. O banco anunciou campanha de financiamento imobiliário em parceria com o Magazine Luiza.

- BRADESCO PN avançou 0,16% e ITAÚ UNIBANCO PN caiu 0,44%, enquanto BANCO DO BRASIL fechou em queda de 0,11%.

- SUZANO recuou 3,9%, na maior queda da sessão, na esteira do declínio do dólar frente ao real, além do cenário ainda complicado para o setor de papel e celulose.

- NEOENERGIA estreou na bolsa saltando 8,37%, após movimentar mais de 3 bilhões de reais em oferta inicial precificada a 15,65 reais por ação. Na máxima, as ações chegaram a subir 10,2%.

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