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Fundada em 2002, Neoway precisou de 7 anos para criar um produto comercial

Comprada por quase R$ 2 bilhões pela B3, empresa foi criada em Santa Catarina por um aluno de engenharia e trilhou um longo caminho até se tornar referência em 'big data' para a América Latina

20 out 2021 - 05h11
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Agora uma empresa com avaliação bilionária, a Neoway teve origens humildes: foi criada por Jaime de Paula, em 2002, em Santa Catarina. Então aluno de Engenharia, Jaime levou sete anos até conseguir criar um produto que pudesse ir a mercado - algo que se concretizou em 2009.

Na gênese da Neoway, que agora foi vendida à B3 por quase R$ 2 bilhões, em uma operação paga totalmente à vista, está um software de cruzamento de informações sobre crimes cometidos em território catarinense, primeiro "case" de sucesso da companhia.

Neoway é uma empresa catarinense de análise de big data e inteligência artificial para negócios.
Neoway é uma empresa catarinense de análise de big data e inteligência artificial para negócios.
Foto: Neoway/Divulgação / Estadão

Não demorou muito para que a ferramenta desenvolvida por Jaime chamasse a atenção de dois pesos-pesados norte-americanos: a Polícia de Nova York (NYPD) e o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

À medida que ganhava fama, a empresa se tornou uma espécie de referência em "big data" para a América Latina. A partir de então, a empresa se aprofundou nas tecnologias envolvendo cruzamento de dados - que passou a focar cada vez mais no mundo corporativo - e abriu mais um escritório no Brasil, em São Paulo. A Neoway conta ainda com um centro de pesquisa em Palo Alto, na Califórnia.

Em 2019, Paula deixou o comando da empresa para dar lugar a Kadu Monguilhott, de 32 anos, que anteriormente atuava como chefe de operações da Neoway. Na empresa há sete anos, Monguilhott é formado em Economia pela Universidade da Califórnia e começou a trabalhar na startup catarinense como representante de vendas.

Lava Jato

Apesar de a mudança de comando estar prevista, a troca foi realizada um ano mais cedo do que a intenção inicial do conselho de administração, depois que o nome da companhia foi citado em uma das conversas de Deltan Dallagnol, no caso da Lava Jato.

Segundo reportagens veiculadas na imprensa, o procurador teria recebido cerca de R$ 33 mil para fazer uma palestra para a companhia. Foi levantada também a possibilidade de a empresa fornecer soluções para a Procuradoria.

Estadão
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