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Estúdios de pilates crescem sem concorrer com academias

26 set 2012 - 07h38
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As academias de ginástica já não são os únicos estabelecimentos que oferecem a chance de cuidar do corpo por meio de exercícios físicos. Um público considerado diferenciado por quem é do ramo tem preferido o pilates às aulas de musculação. "São categorias diferentes. A academia está mais ligada à estética, enquanto que nos estúdios de pilates o foco é a qualidade de vida e o bem-estar", explica Roberta Ruabudo, proprietária do Maha Studio do Corpo, de São Paulo.

As academias de ginástica já não são os únicos estabelecimentos que oferecem a chance de cuidar do corpo por meio de exercícios físicos. Um público considerado diferenciado por quem é do ramo tem preferido o pilates às aulas de musculação
As academias de ginástica já não são os únicos estabelecimentos que oferecem a chance de cuidar do corpo por meio de exercícios físicos. Um público considerado diferenciado por quem é do ramo tem preferido o pilates às aulas de musculação
Foto: Divulgação


Roberta credita a dois fatores o aumento de número de estúdios na cidade. O primeiro é a divulgação do método pilates e seus benefícios, que vão do aumento da força e da flexibilidade até o alívio de dores causadas pela má postura. O segundo é o barateamento dos cursos para professores de pilates e dos aparelhos usados nas aulas.

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Com oito anos no mercado, o Maha oferece curso de pilates para interessados em se tornar professores. É preciso ser formado em Educação Física ou Fisioterapia. Além disso, a academia aluga o espaço para professores - a maior parte deles formados pelo Maha - para darem aulas. O estúdio é responsável por fazer o controle dos pagamentos dos alunos e também por campanhas de marketing com o objetivo de atrair clientela. As aulas custam entre R$ 45 e R$ 100 a hora, dependendo do plano que o aluno escolher.



Atualmente, o Maha possui 250 alunos. No ano passado, somente com o pilates - o estúdio também oferece aulas de ioga, lutas e tratamentos estéticos - o local faturou R$ 600 mil. "Vínhamos aumentando tanto o faturamento quanto o número de alunos, mas, neste ano, com a desaceleração geral da economia, estimamos que teremos uma queda e vamos faturar R$ 500 mil com a divisão de pilates", afirma Roberta.



Com menos tempo de mercado, o estúdio paulistano Super Nova, comandado por Marcia Peres, professora de pilates com formação em Educação Física, possui 30 alunos. "Abri o espaço há dois anos e até o momento venho experimentando um crescimento de 20% ao ano", diz a proprietária.



Para se diferenciar da concorrência, os dois estúdios apostam em equipamentos, como esteiras, para que os alunos também treinem a parte aeróbica, já que a preocupação com o peso é uma constante.



Marcia, que já trabalhou em academia, diz que o público do pilates é mais fiel. "A pessoa sabe que, se parar de fazer, voltará a sentir dores nas costas, por exemplo. Não é só melhorar a parte estética e sair. É adquirir uma consciência corporal", esclarece.



No Super Nova, cerca de 80% dos alunos são mulheres que pertencem às classes A e B. A hora-aula custa, em média, R$ 50.



Desafios do setor

Roberta e Marcia afirmam que, apesar de a fidelização ser algo comum no pilates, ela está ligada ao professor, e não ao estúdio em si. "Eu era professora de outro estúdio e, quando sai, levei junto todos os meus alunos. Agora que sou proprietária, tenho medo de que aconteça o mesmo comigo", conta Marcia.

Segundo a proprietária do Super Nova, a alternativa está em contratar professores para pelo menos três períodos. Assim, se um deles sair, não leva 50% ou mais dos alunos.

A saída encontrada por Roberta foi apostar em um modelo diferente, de locação de espaço para professores, justamente pela percepção de que quem faz o pilates é o instrutor. "É fácil entender. De repente, a pessoa para de sentir as dores que sentia há anos. Isso cria uma ligação muito forte com o profissional", diz.

Outra preocupação é se destacar da concorrência, que cada dia fica mais acirrada. "O pilates representa uma oportunidade de trabalho para educadores físicos mais interessante do que as academias. Os ganhos são maiores", analisa Márcia. Ela conta que investe constantemente em atualizações e novos equipamentos para conseguir apresentar novidades para os alunos.

Fonte: Cross Content
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