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Criadores de suínos integrados da Seara avançam em biodigestores para energia, diz JBS

4 abr 2024 - 16h48
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Cerca de 30% das granjas de suinocultura integradas da Seara com potencial para instalação de biodigestores já contam com o equipamento, à medida que a empresa da JBS vem incentivando a adoção do sistema que transforma o gás metano dos dejetos das criações em combustível, disse a gigante do setor de carnes em nota.

Por meio da instalação de biodigestores, produtores integrados da Seara podem reduzir em até 60% a conta de energia e ainda contam com fonte alternativa de renda, se comercializarem a eletricidade excedente, segundo a JBS.

O Centro-Oeste concentra a maior quantidade dessas granjas com biodigestores instalados. Em Dourados (MS), 39% das propriedades em potencial já utilizam a tecnologia, disse a empresa.

Os biodigestores são estruturas de concreto cobertas por lona que estimulam a fermentação da matéria orgânica, liberando o gás produzido através da fermentação dos dejetos. O sistema armazena o gás metano que será transformado no combustível utilizado pelos geradores para produção de energia elétrica na granja.

Outras empresas, como a Urca Energia, também têm investido em biodigestores a partir de dejetos de suínos.

A JBS afirma que busca "reconhecer" os produtores que cumprem os itens de um "checklist" de boas práticas, com o intuito de incentivar a economia circular entre os seus integrados.

Tal "checklist" baliza a política de bonificação para parceiros integrados de aves e suínos, acrescentou a companhia, sem detalhar.

A própria JBS tem investido na adoção de biodigestores globalmente em suas unidades, com aportes de mais de 220 milhões de reais, em projetos de captura de biogás nas operações para geração de energia em 14 fábricas nos Estados Unidos e Canadá, além de nove unidades da Friboi no Brasil.

No Brasil, a implementação da captura de metano nas instalações da Friboi por meio do sistema de tratamento de efluentes tem possibilitado a retirada de mais de 80 mil metros cúbicos de biogás por dia, acrescentou.

A JBS já abastece lojas da Swift com energia renovável produzida a partir do processamento do metano em unidades produtivas da Friboi, dentro de um plano de tornar mais sustentável o consumo elétrico de suas lojas iniciado com a fonte solar.

Os projetos nas fábricas dos Estados Unidos e do Canadá produzem 190 mil m³/dia de biogás, destacou a companhia.

Essa fonte de energia abastece caldeiras e é utilizada na produção de eletricidade nas unidades, além de ser vendida para empresas de gás na América do Norte, reduzindo emissões de gases do efeito estufa, já que o biogás substitui o gás natural, um combustível fóssil.

À medida que tem metas ousadas para reduzir emissões, a JBS afirmou ainda que pretende expandir os projetos de produção de biogás nos Estados Unidos e Canadá, mas não detalhou.

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