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Com novos 'jabutis' em MP da Eletrobrás, custo para consumidor sobe para R$ 84 bi, dizem associações

Entidades do setor elétrico dizem que trechos estranhos ao texto original incluídos no Senado vão pesar na conta de luz de famílias e empresas; considerando apenas as modificações feitas pelos deputados, aumento era de R$ 67 bilhões

17 jun 2021 - 12h38
(atualizado em 18/6/2021 às 07h37)
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BRASÍLIA - Associações do setor elétrico calculam que a aprovação da medida provisória da privatização da Eletrobrás com os novos jabutis - trechos estranhos texto original - incluídos no parecer do Senado aumentam o custo da operação para todos os consumidores para R$ 84 bilhões que vão ser pagos nas contas de luz de famílias e empresas. Até então, o valor, considerando apenas as modificações feitas pelos deputados, era de R$ 67 bilhões.

As entidades se uniram a um movimento chamado de "União pela Energia", que inclui representantes da indústria, investidores no setor elétrico e produtores de petróleo e gás. Eles pedem que o Senado retome o texto original enviado pelo Executivo para evitar um aumento nas tarifas de energia. Como mostrou o Estadão, há uma articulação dos senadores para que isso seja feito.

Considerando todas as propostas da Câmara e Senado, o custo será de R$ 56 bilhões. Há ainda uma estimativa de incidência de R$ 18 bilhões em impostos, valor que se soma aos R$ 10 bilhões destinados à revitalização de bacias em diversas regiões do País. As associações afirmam que o aumento das tarifas prejudica os Estados e o País, com menos competitividade, indústrias, empregos e renda.

"O parecer do relator Marcos Rogério adicionou na conta R$ 15 bilhões com os novos subsídios ao carvão nacional, as pequenas distribuidoras regionais, assim como uma nova intervenção no setor elétrico que obrigará o acionamento de térmicas para elevar o nível dos reservatórios das usinas de Minas Gerais e São Paulo, atendendo interesse de outros setores da economia como turismo e logística", diz a nota.

Os senadores aprovaram o texto nesta quinta-feira, 17, após a sessão ter sido suspensa pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Como o conteúdo do texto foi alterado pelo Senado, o texto precisará passar por uma nova votação na Câmara dos Deputados, prevista para a próxima segunda-feira, 21. A MP tem até o dia 22 deste mês para ser aprovada, caso contrário, ela irá perder a validade.

Estadão
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