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Motorista de Uber é indiciada por atropelamento nos EUA

Vídeo mostra que a motorista, que deveria intervir em caso de risco de acidente, estava assistindo TV e, por isso não evitou o s

18 set 2020 - 09h23
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A motorista do carro autônomo da Uber que atropelou e matou uma ciclista em 2018 foi indiciada por homicídio. O acidente ocorreu em 2018, na cidade de Tempe, no Estado norte-americano do Arizona. A Justiça a acusa Rafaela Vasquez de homicídio por negligência. Segundo os promotores, a morte poderia ter sido evitada se ela tivesse tomado o controle do carro.

20/08/2020
REUTERS/Mike Blake
20/08/2020 REUTERS/Mike Blake
Foto: Reuters

Elaine Herzberg, de 49 anos, atravessava a rua com uma bicicleta quando foi atingida por um Volvo XC90 a 63 km/h. O carro, equipado com sistemas de condução autônoma, estava sendo testado pela Uber.  Imagens de dentro do veículo mostram que a "motorista" olhava constantemente para baixo.

Em todos os testes de carros autônomos deve haver alguém habilitado a bordo. O objetivo é que esse motorista "estepe" intervenha em caso de risco iminente de acidente. Segundo a polícia de Tempe, Rafaela estava assistindo ao programa de TV ?The Voice?. O registro de streaming Hulu também identificou que o dispositivo estava transmitindo um programa televisivo.

As investigações da Organização Nacional pela Segurança dos Transportes (sigla NTSB, em inglês) apontaram que o erro humano foi o principal responsável pelo acidente. O vice-presidente da organização notificou no relatório: ?Nesta viagem, o motorista de segurança (que se identifica como do gênero feminino) passou 34% do tempo olhando para o celular, que transmitia um programa da TV?.

Apesar do acidente, Uber foi inocentada

A Uber, por sua vez, não foi responsabilizada criminalmente. De acordo com a decisão da promotoria responsável pela investigação, ?não há base para responsabilidade criminal?. Logo após o acidente, a companhia encerrou suas operações para testes de direção autônoma no Arizona. O fato resultou na primeira morte registrada envolvendo um veículo autônomo da companhia.

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O relatório do NTSB ainda explica por que o carro não identificou a vítima. O documento aponta que o sistema não conseguiu classificar o objeto como um pedestre, já que Elaine não estava transitando em uma faixa de pedestre. A tecnologia a identificou como ?veículo, bicicleta e outro". Por isso, freou apenas 1,3 segundo antes da colisão.

Sistema de segurança foi desativado

A Uber também desativou o sistema de frenagem de emergência, porém o recurso não foi projetado para avisar ao motorista sobre a desativação ou ativação.

A motorista se considerou como não culpada e foi acusada no dia 27 de agosto pelo homicídio. Rafaela compareceu ao tribunal na terça-feira, dia 15, e aguarda o julgamento em liberdade. Ele está marcado para fevereiro de 2021. A Uber não se pronunciou sobre o indiciamento de Rafaela.

 

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Estadão
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