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Anfavea diz que crise institucional atrapalha economia

Indústria automobilística, que responde por 18% do PIB industrial e 3% do PIB geral do país, diz que instituições devem cumprir seus papéis

8 set 2021 - 15h51
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Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Foto: Sergio Quintanilha / YouTube

O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, disse nesta quarta-feira (8) que a crise institucional no Brasil prejudica o setor e a economia em geral. A Anfavea (Associação Brasileira dos Fabricantes de Veículos Automotores) é reúne as maiores empresas do setor, como Stellantis, Volkswagen, General Motors, Toyota, Hyundai e Mercedes-Benz, entre outras. A indústria automobilística responde por 18% do PIB industrial e por 3% do PIB geral do país.

“Não é fácil explicar para as matrizes como está o país, que é a primeira coisa que perguntam nas reuniões, porque o Brasil está bastante dividido”, disse Luiz Carlos Moraes. “O que a gente espera é que, do ponto de vista jurídico, o Supremo verifique o que pode e o que não pode, de acordo com a Constituição, e do ponto de vista político o Congresso tem que avaliar qual é a posição da sociedade. O Congresso representa a sociedade e tem que avaliar politicamente o que cabe e o que não cabe. A gente acredita nas instituições e espera que as instituições entreguem o equilíbrio, a serenidade e a estabilidade institucional.” 

“A Anfavea apoiou o texto da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) porque é um texto que defende o equilíbrio, a estabilidade institucional, e não é dirigido a um poder, é dirigido aos três poderes”, afirmou Moraes. 

Luiz Carlos Moraes disse que “Brasília só pensa em 2022, mas temos que terminar 2021”. O presidente da Anfavea falou duas vezes no mesmo dia sobre o aumento da miséria no país. “Estudei economia, mas vejo a economia na rua, falando com o motorista de táxi, com o padeiro. Vejo as pessoas morando nas ruas. A economia real está ali. Estou muito assustado com a quantidade de pessoas nas grandes cidades que estão morando nas ruas. É muito triste.”

“Outro dia vi alguém falando que o agro alimenta 800 milhões de pessoas no mundo e estamos passando fome, então alguma coisa está errada”, completou Moraes. “A questão social é muito preocupante, porque no final do dia ela gera economia, gera negócios, gera mais carros no final. A gente olha a coisa como um todo. Então a preocupação é muito grande. A gente espera que as instituições, o Supremo, o Congresso tenham serenidade, calma, neste momento, e consigam analisar o que pode ser feito e o que não pode ser feito.” 

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