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Bolsas de NY fecham em alta, com perspectiva de retomada e Treasuries no radar

5 mar 2021 - 19h38
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Após uma sessão volátil, as bolsas de Nova York fecharam em alta, com investidores ponderando os dados do payroll e o movimento dos juros de longo prazo nos EUA. Após a publicação do relatório, os rendimentos dos Treasuries subiram, levando a T-note de 10 anos a um retorno de 1,6%, o que pressionou o mercado de ações, que recuaram. No entanto, ao longo da sessão, a inclinação da curva de rendimentos deu uma trégua "e o mercado de ações recuperou terreno", aponta a Capital Economics. Em mais uma sessão de alta no petróleo, empresas do setor tiveram importantes ganhos. O setor de tecnologia também avançou, com exceção da Tesla.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,85%, a 31.496,30 pontos, o S&P 500 subiu 1,95%, a 3.841,94 pontos, e o Nasdaq avançou 1,55%, a 12.920,15 pontos. Na semana, o Dow Jones subiu 1,84%, o S&P 500 avançou 0,81% e o Nasdaq caiu 2,06%.

O ING considerou, em relatório a clientes, que os dados de hoje sobre os empregos nos EUA em fevereiro foram "muito fortes" e previu que "é só o começo". A possibilidade de retomada estimulou o mercado acionário, com expectativas de maiores receitas ao longo do ano. O banco projeta melhora do setor da construção no próximo mês e também que mais governadores relaxem restrições. "Com as vacinas acelerando, poderemos ver uma reabertura disseminada no segundo trimestre que impulsione um salto na criação de empregos", diz o ING. Sobre os movimentos do mercado de Treasuries, a Capital Economics projeta que "os rendimentos não aumentem acentuadamente nos próximos meses, permitindo que os preços das ações se recuperem ainda mais no tempo".

Outro fator que o mercado observa são as tratativas pela aprovação do pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão nos Estados Unidos. Hoje, o presidente do país, Joe Biden, reforçou a importância da proposta para "ajudar os americanos e recuperar a economia". O projeto está sendo no momento avaliado no Senado.

As ações de tecnologia tiveram importantes avanços hoje. Facebook (+2,58%), Alphabet, que controla a Google (+3,10%) e Amazon (+0,77%) tiveram ganhos. No entanto, as ações da Tesla caíram 3,78%, depois que a empresa admitiu que teme enfrentar um desabastecimento de níquel, usado em baterias. Ainda repercutindo a decisão sobre a produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), a alta no preço do barril da commodity em Londres e Nova York estimulou as ações de empresas do setor. Chevron (+4,31%) e ExxonMobil (3,78%) avançaram.

Apesar do otimismo com o panorama macroeconômico, o setor aéreo apresentou recuos hoje, em um cenário pandêmico que segue apresentando restrições para viagens. Mesmo com o avanço da vacinação, muitos países vem relutando em diminuir proibições, por conta das variantes do vírus. No União Europeia, viagens não essenciais seguem com restrições entre países membros. Já a Austrália recentemente aumentou em três meses sua proibição a viajantes internacionais. American Airlines (-3,72%), Delta (-1,60%) e United (-2,94%) recuaram.

Estadão
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