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BB elege varejo para elevar crédito em 2018; vai turbinar área de mercado de capitais

9 nov 2017 - 15h12
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O Banco do Brasil vai ampliar o foco na pessoa física ao retomar o ritmo de concessões de crédito em 2018, enquanto prepara a ampliação da unidade de banco de investimentos e a criação de uma divisão específica de comércio exterior para atender empresas de grande porte.

"Esperamos em 2018 ter uma parte do crédito que hoje vai para grandes empresas mais direcionado para pessoas físicas", disse a jornalistas o presidente-executivo do BB, Paulo Caffarelli, durante apresentação sobre os resultados do terceiro trimestre.

Mais cedo nesta quinta-feira, o BB anunciou que sua carteira de crédito ampliada caiu 6,9 por cento em 12 meses até setembro. As receitas menores, sobretudo com crédito para empresas, foram um dos fatores que levaram o banco a ter lucro recorrente de 2,708 bilhões de reais, um pouco abaixo da estimativa de média compilada pela Reuters de 2,838 bilhões de reais.

Na apresentação a jornalistas, Caffarelli previu que o crédito do sistema bancário do país deve crescer ao redor de 6 por cento em 2018. No caso do BB, o executivo citou que há mais disposição para ampliar o ritmo de concessões em linhas de maior risco, como para compra de automóveis.

Os comentários sublinham a complexa equação do time liderado por Caffarelli, que tomou posse no ano passado com a missão declarada de elevar os níveis de rentabilidade, que giravam ao redor de metade dos exibidos pelos principais rivais privados.

Como resultado do fracasso do aumento da oferta de crédito nos últimos anos para tentar reanimar a economia que caminhava para uma forte recessão, o BB viu seus índices de inadimplência, e, consequentemente, das provisões para perdas com calotes, subirem por um período prolongado.

Após medidas corretivas tomadas desde o final de 2016, incluindo fechamento de cerca de 800 agências, redução de cerca de 10 mil funcionários, investimento em operações por Internet e redução de linhas de crédito mais arriscadas, o BB conseguiu elevar rentabilidade sobre o patrimônio líquido em 3 pontos percentuais nos primeiros nove meses de 2017, ante mesma etapa do ano passado, para 12,3 por cento.

Apesar do avanço, o índice ainda está distante dos níveis registrados pelos principais rivais privados este ano, ao redor de 20 por cento,

"Vamos encostar nos índices de rentabilidade dos nossos pares privados", disse Caffarelli. "Não é um caminho rápido, mas é consistente."

Investidores receberam os resultados trimestrais do BB sem entusiasmo, com analistas observando que o lucro teve ajuda de menores despesas e impostos, enquanto os resultados operacionais foram fracos.

Às 15h06, a ação do BB caía 0,79 por cento. No mesmo instante, o Ibovespa cedia 1,28 por cento.

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