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Adriana Esteves diz que prefere usar dublê em cenas de ação

16 mar 2011 - 07h45
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Márcio Maio

O bom humor de Adriana Esteves impressiona. Simpática, a atriz é capaz de fazer piada de si mesma, conquistando todos ao seu redor. Talvez por isso consiga lidar tão bem com a legião de heroínas cômicas que vem ganhando na TV. Às vésperas de aparecer no ar na pele da caçadora de dinossauros Júlia, de Morde & Assopra, próxima novela das 19h da Globo, a atriz garante que tem vários motivos para comemorar a fase atual. "Fiz uma novela com o Walcyr (Carrasco, autor) e foi das melhores da minha vida. Estou repetindo uma parceria com o Marcos Pasquim, com quem trabalhei em Kubanacan e A Lua Me Disse. E ainda descobri o gênero ação, uma novidade na minha vida", enumerou ela, que protagonizou O Cravo e a Rosa, de Walcyr, em 2000. Revelada como atriz em um quadro do programa Domingão do Faustão, em 1989, Adriana se emociona ao recordar sua trajetória. E chega a chorar de emoção ao constatar que, em 22 anos de trabalho, chegou onde jamais imaginaria. "Sempre fui muito dedicada e disciplinada, mas as coisas aconteceram numa proporção que não esperava. Quando eu acreditaria que gravaria uma novela no Japão?", indagou, enxugando os olhos.

A Júlia é uma paleontóloga que se mete em várias aventuras atrás de fósseis. Você precisou de algum laboratório para fazer as cenas de ação?

Vi muitos filmes de ação e busquei ter um preparo físico diferenciado. Acho que nunca corri tanto como estou correndo nessa novela! E a gente trabalhou bastante no verão, com muito calor e em cenas de movimento.

Você tinha vontade de atuar em um projeto de ação?

Nunca tinha pensado nisso. Sabe que eu não era de ver filmes de ação? Rola aquela coisa de marido ou namorado pedir para ver junto e eu era daquelas que não via. Mas, agora, mudei de ideia. Estou perguntando sobre todos que já foram feitos e aproveito as dicas que recebo. Estou curtindo muito. E não só ver, mas também fazer. No final do dia, não nego, fico bem cansada. Mas é divertido. Trata-se de uma grande novidade na minha carreira.

Você faz as cenas de ação ou usa dublê nelas?

Temos uma dublê que é excelente. Sinceramente, eu não gosto muito de me arriscar. Por isso mesmo eu acho ótimo que exista essa profissão de dublê. Eles gostam de correr perigo, têm preparo físico e, principalmente, coragem para isso. E a gente combina as cenas, não é um trabalho individual meu ou dela.

Você gravou as primeiras cenas da novela no Japão e tem fobia a avião. Foi difícil lidar com isso?

Olha, eu nem gosto mais de tocar nesse assunto para ver se isso some da minha vida. De uns anos para cá, passou a ser incômodo voar. Isso é engraçado porque quando eu era novinha, tudo o que queria era uma viagem longa. Mas os anos passaram e as coisas se transformaram um pouco. Tenho esperança que se transformem de novo. Até porque uma das coisas que mais gosto de fazer na vida é viajar.

Você já conhecia o Japão? Como foi sua rotina lá?

Não conhecia e tinha vontade de ir. Só que, de verdade, nunca imaginei que teria essa oportunidade. Ainda mais a trabalho. Fiquei orgulhosa ao fazer meu ofício ali. Trabalho como atriz há 22 anos e jamais pensei que poderia conhecer um lugar tão sensacional atuando. Digo, sem dúvidas, que foi a melhor viagem da minha vida. Viajei com meu marido e todo o pessoal da novela é muito amigo. Éramos um grupo de mais de 30 pessoas durante 15 dias. E em todos eles eu passeei. Trabalhava e, depois, ia fazer turismo. Cá entre nós, lá eu não trabalhei tanto quanto aqui.

Você não fazia novelas há mais de cinco anos. Como encarou esse retorno?

A última que eu fiz foi A Lua Me Disse, em 2005, e posso dizer que estava começando a sentir falta. Gravar uma novela tem dois lados. A gente trabalha muito durante uns oito, nove meses. Às vezes até mais. Só que a equipe, quase sempre, vira uma família. Sim, porque nos encontramos todos os dias. E não falo de atores. São umas 200 pessoas envolvidas. A gente se sente meio que protegido por aquele time. Nossa prioridade vira a novela. Inclusive isso é contratual! (risos)

Como foi sua preparação para fazer uma paleontóloga?

Conversei com vários profissionais dessa época. Temos uma equipe que presta uma bela assessoria para a nossa equipe, tira nossas dúvidas sobre como se comportar nas escavações, os melhores termos a serem utilizados e mil outras coisas. É bacana porque como nem todo mundo conhece o trabalho deles, a gente sente que há um orgulho por ver essa profissão sendo retratada no núcleo principal de uma novela.

Em Morde & Assopra o humor predomina e suas últimas personagens em novelas foram cômicas. Isso é uma coincidência ou você direcionou sua carreira para o humor?

É só uma coincidência. Nossa, pareço metida, não é? Mas ando bastante orgulhosa por me aventurar nos dois lados e, principalmente, por sentir que estou conseguindo corresponder aos objetivos. Tanto no drama quanto na comédia. Fiz muitas coisas na comédia sim, mas também tive êxito em papéis bem complexos, como a própria Dalva de Oliveira. Acho que estou em um momento muito bom da minha carreira.

Você estreou na TV apresentando um programa na Bandeirantes e, em 1989, começou a atuar em ¿Top Model¿. Que balanço faz desses 22 anos de carreira?

Fico encantada com o que já fiz. (Pausa, seguida de choro) Parece que foi ontem e, ao mesmo tempo, aconteceu tanta coisa. E foi tudo tão além do que eu poderia imaginar naquela época. Sempre fui muito dedicada e disciplinada, mas as coisas acontecem numa proporção maior que a gente imagina. Tenho orgulho hoje de ver que eu fiz uma história. Os personagens me orgulham. Comecei muito menina e hoje sou uma mulher. Analisar a minha carreira é também analisar essa trajetória de transferência de uma menina, muito menina mesmo, cheia de ingenuidade, para uma mulher, que é o que eu me sinto hoje. E tudo embasado em cima do meu trabalho. Acho que também por isso eu tenho profundo amor e respeito pela minha profissão.

Morde & Assopra - Globo - Estreia dia 21 de março, às 19h20.

Sucesso instantâneo

Adriana começou a trabalhar como modelo aos 16 anos, mas logo se desencantou com a atividade. Chegou a apresentar o programa Evidências, na Band, mas foi um teste de atriz no quadro Estrela Por Um Dia, do Domingão do Faustão, que garantiu sua estreia como atriz. Foi em Top Model, na pele da jovem Tininha. A repercussão foi boa e já no trabalho seguinte Adriana entrou para o primeiro escalão da Globo, ao fazer par com José Mayer em Meu Bem, Meu Mal. O papel começou pequeno, mas cresceu tanto ao longo da história que Adriana emendou a novela com sua primeira protagonista, a decidida Marina de Pedra Sobre Pedra. "Acho que rolou um misto de responsabilidade e dedicação com sorte também", analisou.

Depois disso, Adriana foi escalada para viver a ambígua Mariana em Renascer, papel que lhe rendeu algumas críticas. "Acho que o grande orgulho que a gente tem de nossa trajetória é ela ter sido vivida. Com alegrias e sofrimentos também. Já estou calejada", desconversou, mas aparentemente sem mágoas. Até porque, depois disso, a atriz passou a acumular atuações elogiadas. Como a vilã Sandrinha, de Torre de Babel, e a indomável Catarina, de O Cravo e a Rosa. Foi com Catarina, inclusive, que Adriana começou a ter sua veia cômica mais explorada. "Fazer rir não é fácil. Acho que, por enquanto, estou dando certo nisso", opinou.

Do outro lado do mundo

Adriana garante que não foi complicado gravar no Japão sem saber quase nada do idioma. Mesmo convivendo também com equipes de trabalho de lá. "A gente fazia mímica, é claro, mas no final deu tudo certo. Acho que a empolgação deles em trabalhar conosco era tão grande que eles se esforçavam bastante para entender o que precisávamos", explicou. E a atriz se rasga em elogios a respeito das imagens feitas lá. "Arrisco dizer que se tratam das cenas mais lindas que já vi na televisão. E olha que não sou nenhuma menininha", atestou. Para Adriana, um dos maiores ganhos da novela foi a escalação do diretor Rogério Gomes para o trabalho. Segundo ela, Papinha, como é conhecido, tem o temperamento certo para trabalhar a comédia da história. "O humor pede um ambiente leve, tranquilo. Não dá para fazer na pressão. E o Papinha é muito sereno. E de um bom gosto extremo", derreteu-se.

Trajetória Televisiva

# Evidências (Band, 1987) - Apresentadora.

# Top Model (Globo, 1989) - Tininha.

# Meu Bem, Meu Mal (Globo, 1990) - Patrícia.

# Pedra Sobre Pedra (Globo, 1992) - Marina.

# Renascer (Globo, 1993) - Mariana.

# Decadência (Globo, 1995) - Carla

# Razão de Viver (SBT, 1996) - Zilda.

# A Indomada (Globo, 1997) - Lúcia Helena / Eulália.

# Torre de Babel (Globo, 1998) - Sandrinha.

# O Cravo e a Rosa (Globo, 2000) - Catarina.

# Coração de Estudante (Globo, 2002) - Amelinha.

# Kubanacan (Globo, 2003) - Lola.

# Senhora do Destino (Globo, 2004) - Nazaré Tedesco (jovem)

# A Lua Me Disse (Globo, 2005) - Heloísa Queiroz.

# Toma Lá, Dá Cá (Globo, 2007 a 2009) - Celinha.

# Dalva e Herivelto - Uma Canção de Amor (Globo, 2010) - Dalva de Oliveira.

# As Cariocas (Globo, 2010) - Celi.

# Morde & Assopra (Globo, 2011) - Júlia.

Adriana Esteves fará papel de uma caçadora de dinossauros em 'Morde & Assopra'
Adriana Esteves fará papel de uma caçadora de dinossauros em 'Morde & Assopra'
Foto: TV Press
Fonte: TV Press
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