Quem é Ullisses Campbell, autor de livros sobre Tremembé que deram origem à série
Jornalista paraense atuou como repórter em jornais como 'O Liberal', 'Correio Braziliense' e 'Folha de S.Paulo' e conquistou três prêmios importantes
A série Tremembé, que tem conquistado milhares de espectadores no Prime Video, foi inspirada em dois livros-reportagens do jornalista paraense Ullisses Campbell, Suzane: Assassina e Manipuladora (Matrix, 2020) e Elize Matsunaga: A Mulher que Esquartejou o Marido (Matrix, 2021). Os dois livros foram escritos a partir de entrevistas e investigações do autor, que construiu uma sólida carreira na imprensa.
O jornalista começou a sua carreira no jornal O Liberal, de Belém. Depois, atuou no Correio Braziliense, de Brasília, e na Folha de S.Paulo. Trabalhou ainda como repórter nas revistas Superinteressante, Veja e Época.
Atualmente, Campbell é titular da coluna True Crime, do jornal O Globo, que reúne "histórias, detalhes e personagens de crimes reais que mais parecem ficção", como ele mesmo explica.
Ao longo de mais de 25 anos de carreira, Campbell conquistou três Prêmios Esso de reportagem e um Embratel de jornalismo.
Além dos livros que deram origem à série, Ullisses é autor de Flordelis: a pastora do diabo; Francisco de Assis: O maníaco do parque, e Tremembé: O Presídio dos Famosos, todos publicados pela editora Matrix.
'O brasileiro tem um fetiche pela Suzane'
Em entrevista ao Estadão, em setembro, antes de Tremembé estrear, Ullisses falou do fascínio que Suzane von Richthofen causa nos brasileiros.
"Eu acho que o brasileiro tem um fetiche pela Suzane. É só o que explica", opina o escritor, sobre a intensa busca pública por informações sobre a criminosa, hoje com 41 anos.
Na entrevista, o autor e roteirista da série falou da responsabilidade e do cuidado para humanizar sem glamorizar os personagens retratados em seus livros e agora na série.
"As pessoas tendem a achar que esses criminosos estão muito longe da gente. Alguns crimes eu tento trazer para perto do leitor defendendo a tese de que as pessoas que estão em Tremembé poderiam ser da nossa família. Você não precisa ser um monstro para ir para lá. Não precisa matar sua filha de fome, jogar sua filha pela janela, matar seus pais a paulada. Às vezes é um ato imprudente como beber e dirigir ou de ter um transtorno mental negligenciado", disse na entrevista, que pode ser lida aqui.