Marina Ruy Barbosa nega contato com Richthofen para interpretá-la: 'Os livros foram suficientes'
Em entrevista ao Terra, atriz falou sobre nova fase profissional e possibilidade de retorno às novelas
Marina Ruy Barbosa, aos 30 anos, vive uma fase de consolidação artística ao protagonizar projetos dramáticos no cinema e streaming, buscando novos desafios e amadurecimento enquanto se distancia das novelas.
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A atriz Marina Ruy Barbosa, de 30 anos, está vivendo um de seus melhores momentos profissionais. No cinema, ela encarnou uma cientista que sofreu abuso sexual durante uma expedição à Antártida e, no streaming, deu vida a uma das assassinas mais conhecidas do Brasil: Suzane von Richthofen, que matou os pais, Manfred e Marísia, com ajuda do ex-namorado e do ex-cunhado, os irmãos Cravinhos. Em meio a isso, ela não vê previsão de retornar às novelas, a menos que seja muito tentador.
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"A novela sempre vai ter um lugar especial na minha vida e na minha história. Mas eu sinto que esse é um momento de experimentar outros formatos, outras linguagens. A série e o cinema me proporcionam experiências muito ricas artisticamente, diferentes em ritmo, intensidade e profundidade. Eu tenho uma enorme gratidão por tudo o que vivi na TV aberta, mas tive a oportunidade de buscar desafios que me permitam explorar outras nuances da atuação. Eu sinto vontade de continuar transitando entre diferentes universos, e são a história e os personagens que sempre vão guiar as minhas escolhas", disse em entrevista exclusiva ao Terra.
Tanto em Tremembé (Prime Video) quanto em Antártida (Globoplay), Marina lida com temas sensíveis para a sociedade e que, por consequência, contrastam com os papéis que costumava assumir. Para ela, poder protagonizar produções sobre abuso e homicídio neste momento simboliza uma “virada de chave” em sua carreira, algo que trará consolidação no audiovisual e sua reafirmação como uma potência artística.
"2025 tem sido um ano de consolidação e, ao mesmo tempo, de expansão. Eu me sinto em um momento muito consciente das escolhas que tenho feito, buscando projetos que me desafiem, que me tirem de qualquer zona de conforto e me permitam mostrar novas camadas da minha trajetória. Foi um ano de muito trabalho, mas também de reflexão: sobre o que quero construir daqui para frente, quais histórias quero contar e com quem quero contá-las. Acho que, profissionalmente, foi um período de amadurecimento, de reencontro com a minha essência e de reafirmação da minha potência como atriz."
Para estudar personagens marcantes, é comum que atores --principalmente de obras biográficas-- busquem a fonte original para se inspirar. Deborah Secco, por exemplo, teve alguns laboratórios com Raquel Pacheco para interpretar a garota de programa Bruna Surfistinha. Questionada se tentou contato com Suzane von Richthofen ou pessoas envolvidas na investigação do crime para criar sua versão da personagem, Marina Ruy Barbosa negou. Segundo a própria, o roteiro escrito por Ulisses Campbell foi suficiente.
"O roteiro é baseado em informação jornalística, nos livros que o Ulisses lançou, em todos os fatos apurados, nas personalidades dessas pessoas que foram julgadas e condenadas por esses crimes. Então, o roteiro e os livros já me deram muita informação, a informação necessária para que eu pudesse criar, a partir daquilo, a minha personagem com uma assinatura que não é só minha, mas de uma equipe inteira."
"Meu compromisso sempre foi tratar qualquer tema com responsabilidade. No caso de Tremembé, por exemplo, nossa intenção nunca foi glamorizar esses personagens. O que a nossa série propõe é trazer uma nova perspectiva, olhando para as relações interpessoais e o cotidiano dentro da prisão, algo que ainda não tinha sido explorado no audiovisual. Trabalhar com um material tão sensível me exigiu deixar julgamentos de lado, o que é sempre um desafio enorme", complementou ela.
'Marina quer romper imagem de boa moça'
Decidida a ser vista de modo diferente pelo público, a atriz topou esses dois desafios dramáticos para fugir de sua zona de conforto. Segundo ela, após duas décadas de audiovisual, é importante se reinventar. "Esse foi um dos motivos que me fizeram aceitar o projeto. Era importante, pra mim, me colocar em um lugar inesperado, até mesmo causar uma estranheza. Tenho 22 anos de carreira e quero que o público veja uma atriz disposta a se desafiar, a sair do óbvio, a se despir de qualquer imagem cristalizada."
Discreta, a atriz não costuma comentar sua vida pessoal publicamente, mas está noiva do empresário Abdul Fares, que atualmente é diretor financeiro da Marabraz. Em 2024, ela chegou a comentar à imprensa que estava morando com ele, pois era necessário 'fazer um test-drive'. Agora, um ano depois, e, com 30 anos, ela afirmou que se sente alinhada como mulher e que pretende continuar 'protegendo o que é essencial com ainda mais verdade.
"Eu vejo os meus 30 anos como um momento de expansão. É como se todas as minhas dimensões --mulher, atriz, empresária, cidadã-- estivessem profundamente alinhadas. Hoje, tenho mais clareza sobre onde quero colocar minha energia, sobre quais histórias quero viver. É um tempo de proteger o que é essencial e de amadurecer com ainda mais verdade. Acho que o que muda não é o desejo de fazer, mas o modo de fazer: com mais consciência, mais calma e mais propósito."
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