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Filme do escultor Bernini conquista cinema italiano

Documentário oferece ângulos privilegiados de mais de 60 obras

14 nov 2018 - 11h33
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Uma pedra que se transforma em pele, cabelos, músculos e até em lágrimas. Apesar de imóveis, as estátuas do mestre barroco italiano comunicam sentimentos no filme "Bernini", de Francesco Invernizzi, que chegou às salas de cinema na última segunda-feira (12).

    O documentário foi o segundo filme que mais vendeu em bilheteria nesta terça-feira (13), na Itália, colocando em caixa mais de 74 mil euros. O filme do escultor italiano perdeu somente para o lançamento da Disney de "O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos", com 91 mil euros de bilheteria. O levantamento foi feito pelo site 'mymovies.it".

    O primeiro de uma série de documentários dedicados à arte, que estão previstos para chegarem aos cinemas entre o outono e a primavera do hemisfério norte, o filme conta a vida de Gian Lorenzo Bernini (1598-1680) e de seu forte vínculo com a Galleria Borghese, que hoje se tornou um dos museus mais visitados de Roma.

    Protagonista do século 17, Bernini atuou como escultor, arquiteto, urbanista, pintor e realizou obras extraordinárias, com as quais revolucionou a linguagem da escultura. O longa conta a sua trajetória desde muito jovem, quando aprendeu com seu pai Pietro a usar o formão e a manipular os materiais para esculpir.

    Bernini conferiu ao mármore possibilidades expressivas inéditas, e entre as suas obras mais célebres estão "O Rapto de Proserpina", "Davi" e "O Êxtase de Santa Teresa", que surpreendem por darem a ideia de movimento. Com o auxílio de imagens inéditas, produzidas com efeitos de luz e qualidade 8K, o filme permite que o espectador tenha um ponto de vista privilegiado sobre mais de 60 obras de Bernini, expostas em uma mostra em Roma.

    Além das estátuas, observadas de todos os ângulos, o documentário também mostra a beleza da própria Galleria Borghese e enaltece alguns outros lugares de Roma.

    Graças à contribuição da diretora da Galleria Borghese, Anna Coliva, do crítico de arte Luigi Ficacci e do diretor da Fondazione Zeri, Andrea Bacchi, o público pode se deter aos detalhes das obras e compreender o contexto histórico de suas criações, assim como as motivações que impulsionaram o artista. O filme é uma homenagem à mostra de Bernini, mas também serve de imersão nas obras de um artitsa único.

Ansa - Brasil   
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