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Brasileiro gasta mais com veículo do que com alimentação

Aumento na utilização de transporte por aplicativo e de entregas explica o fato; tendência deve se manter até o fim do ano

20 set 2022 - 14h42
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Brasileiro gasta mais com automóvel do que com alimentação, indica estudo.
Brasileiro gasta mais com automóvel do que com alimentação, indica estudo.
Foto: Divulgação

O consumidor brasileiro está gastando mais com automóveis e transporte do que com a alimentação. Esse dado foi revelado pela Pesquisa IPC Maps, que analisa o potencial de consumo dos brasileiros há quase 30 anos. O segmento automotivo deve movimentar R$ 604,4 bilhões até o fim do ano, o que representa aumento de 11% em relação ao registrado no ano passado.

De acordo com o levantamento, essa tendência começou a ser percebida há alguns anos, e desde 2019 o potencial de consumo no setor automotivo cresceu quase 200%. “Por conta da pandemia, muitas fabricantes pararam de produzir, principalmente componentes eletrônicos, fazendo com que as montadoras prolongassem os prazos de entrega de veículos, ao mesmo tempo em que crescia a demanda por transporte por aplicativo e serviços de entrega”, relata Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps.

É preciso lembrar, contudo, que esse aumento de procura não ocorreu apenas por conta dos consumidores, mas também pelos trabalhadores. “Eles viram nesse segmento a oportunidade de compensar a perda do emprego ou de parte do seu salário, ou mesmo, de ter uma renda extra”, acrescentou Pazzini.

Brasileiro gasta mais com automóvel do que com alimentação, indica estudo.
Brasileiro gasta mais com automóvel do que com alimentação, indica estudo.
Foto: Divulgação

O cálculo do estudo leva em consideração as despesas das famílias não só com a aquisição de veículos, como os custos com combustível, manutenção, reparo, estacionamento e cuidados (lavagem, equipamentos etc.).

Chama a atenção o fato de a previsão de crescimento dos gastos no setor automotivo ficar muito acima da média, já que, ainda segundo o IPC Maps, o consumo das famílias deve movimentar cerca de R$ 5,6 trilhões de maneira geral até o fim do ano, o que representa aumento de real de apenas 0,92% na comparação com a média de gastos do ano passado.

O levantamento também apontou o crescimento da frota brasileira, que contava com 109,9 milhões de veículos em 2021 e já alcançou 113,4 milhões neste ano, lembrando que o número inclui veículos leves, motos, caminhões e ônibus.

Por fim, a pesquisa do IPC Maps aponta que, apesar do aumento dos gastos dos brasileiros com automóveis e do crescimento da frota, houve queda no número de empresas de comércio e de reparação de veículos, pois quase 70 mil estabelecimentos do tipo encerraram suas atividades no período 2021-2022.

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