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‘TikTok continua sendo maior que Facebook ou Instagram’, admite Mark Zuckerberg em tribunal

Fundador da Meta defendeu em tribunal a compra do Instagram e do Whatsapp

17 abr 2025 - 10h47
(atualizado às 11h38)
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Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, sai do tribunal no dia 14 de abril de 2025, em Washington, Estados Unidos.
Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, sai do tribunal no dia 14 de abril de 2025, em Washington, Estados Unidos.
Foto: Andrew Harnik/Getty Images

Mark Zuckerberg admitiu nesta quarta-feira, 16, em depoimento a um tribunal federal em Washington, que o TikTok é melhor que as redes sociais da Meta. “Não me agrada que nossos competidores estejam melhores que nós”, afirmou o CEO, reconhecendo que a plataforma chinesa superou tanto o Facebook quanto o Instagram em popularidade. As informações foram divulgadas pela agência de notícias internacional AFP.

Zuckerberg está no centro de um julgamento que pode obrigar a Meta a se desfazer de duas de suas principais aquisições: Instagram e WhatsApp. A ação é movida pela Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC), que acusa a empresa de ter comprado os dois aplicativos há mais de uma década para neutralizar a concorrência.

Durante o depoimento, Zuckerberg alegou que Instagram e WhatsApp não teriam crescido como cresceram sem o suporte da Meta. "É muito difícil chegar a esse tamanho. Temos que inovar e resolver muitos problemas técnicos, organizacionais e jurídicos", disse. Em relação ao WhatsApp, o executivo afirmou que o app era tecnicamente bom, mas seus fundadores “não tinham ambição suficiente”.

Estratégia: criar ou comprar?

A FTC argumenta que, ao adquirir o Instagram por US$ 1 bilhão em 2012 e o WhatsApp por US$ 19 bilhões em 2014, a Meta eliminou ameaças imediatas ao seu domínio. Zuckerberg rejeita a acusação e afirma que a motivação foi complementar o que a empresa já estava desenvolvendo — e não extinguir potenciais rivais. “A intenção nunca foi tirar o Instagram dos usuários ou torná-lo pior”, garantiu.

A ex-diretora de operações da Meta, Sheryl Sandberg, também depôs, destacando que a empresa sempre enfrentou forte concorrência, inclusive do Google. Ela afirmou que a atenção do usuário é o principal recurso disputado por plataformas digitais.

"Cada vez que você entra no seu computador ou celular, tem a opção de escolher a que dedicar o seu tempo. É por isso que todos esses produtores competem, pelo seu tempo e pela sua atenção", ressaltou Sheryl.

Concorrência é acirrada

Zuckerberg destacou que o crescimento meteórico do TikTok forçou a Meta a reagir com a criação do Reels, vídeos curtos no mesmo formato que consagrou o aplicativo chinês. Ainda assim, reconheceu: “Mas o TikTok continua sendo maior que Facebook ou Instagram, e não me agrada que nossos competidores estejam melhores que nós”.

Ele também apontou o YouTube como um forte concorrente, especialmente na disputa pelos criadores de conteúdo. “Especialmente nos últimos 10 anos, o vídeo se tornou o principal meio para expressar e consumir conteúdo on-line. O YouTube tem um sistema muito bem desenhado para os criadores, é um competidor importante para nós”, disse.

O julgamento, que pode durar até oito semanas, representa um dos maiores desafios regulatórios enfrentados pela Meta e é parte de um movimento mais amplo do governo dos EUA contra práticas monopolistas no setor de tecnologia. Google, Apple e Amazon também enfrentam ações semelhantes.

Se a Justiça decidir a favor da FTC, a Meta poderá ser obrigada a se desfazer do Instagram e do WhatsApp. Caso a medida seja aplicada, isso reconfiguraria o cenário das redes sociais no mundo.

Fonte: Redação Terra
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