Os EUA se cansaram dos monopólios das grandes empresas de tecnologia e pretendem "dividi-las" — começando pela Meta
O país norte-americano segue os passos da União Europeia e quer limitar o poder de seus gigantes tecnológicos
Os Estados Unidos fecharam os olhos para suas grandes empresas de tecnologia durante anos. Não davam muita atenção ao fato de elas abusarem de sua posição privilegiada ou de adotarem comportamentos monopolistas e anticompetitivos — algo que a União Europeia combatia ativamente. Isso mudou, e agora estamos vendo, uma a uma, as Big Techs sendo alvo de escrutínio nos tribunais americanos. E não só isso: a ameaça para esses gigantes é a de acabarem divididos.
FTC contra a Meta
O julgamento da Federal Trade Commission (FTC) dos Estados Unidos contra a Meta começou no dia 14 de abril e, durante dois meses, tentará decidir se a empresa criada por Mark Zuckerberg é um monopólio no mercado dos "serviços de redes sociais pessoais". As consequências podem ser enormes para a Meta, que pode ser obrigada a se dividir em várias empresas.
Como destaca o The New York Times, Mark Zuckerberg compareceu no dia 14 como testemunha para defender "seu império de redes sociais". Os advogados da FTC apresentaram diversos e-mails que embasam sua argumentação: de que a Meta "construiu ilegalmente um monopólio de redes sociais ao adquirir o Instagram e o WhatsApp quando ainda eram pequenas startups".
A tática dos advogados da FTC é demonstrar que a Meta usou sua posição privilegiada para comprar empresas que poderiam representar uma ameaça no futuro. É a estratégia que alguns chamam (com razão) de "melhor comprar do que competir". A essas acusações, Zuckerberg respondeu dizendo que acabaram investindo...
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