Suíça estuda proibir redes sociais para menores de 16 anos após criação de lei na Austrália
No início do mês, a Austrália proibiu que crianças e adolescentes com menos de 16 anos utilizassem redes sociais, com multas milionárias para as big techs que não bloquearem as contas dos jovens
A ministra do Interior da Suíça, Elisabeth Baume-Schneider, afirmou neste domingo, 21, que o país pode ser o próximo a adotar medidas mais rígidas em relação à proteção online de crianças e adolescentes, principalmente em relação às redes sociais. Em uma entrevista concedida a um veículo local, Baume-Schneider disse que as autoridades precisam olhar com mais atenção para o que deveria ser restrito para menores de idade.
A fala da ministra acompanha um movimento de líderes que já se posicionaram após a Austrália banir oficialmente o uso de redes sociais para menores de 16 anos. O país foi o primeiro no mundo a adotar a medida e levantou o debate sobre o uso dessas plataformas por crianças e adolescentes.
"O debate na Austrália e na União Europeia é importante. Ele também deve ser conduzido na Suíça. Estou aberta a uma proibição das redes sociais", disse a ministra. "Devemos proteger melhor nossas crianças."
Na Austrália, o governo ordenou, em 10 de dezembro, que redes sociais como Instagram, TikTok, Youtube e Facebook bloqueassem as contas de menores de 16 anos, sob o risco de uma multa de US$ 33 milhões em caso de descumprimento da lei.
Inspirada pelo que foi alcançado na Austrália, Baume-Schneider ainda acrescentou que o governo precisa estar atento a potenciais conteúdos danosos para crianças e adolescentes nas redes, como publicações e interações nessas plataformas. A ministra também afirmou que reuniões para tratar sobre o assunto serão realizadas a partir do próximo ano.
"Não podemos esquecer as próprias plataformas de mídia social: elas devem assumir a responsabilidade pelo que as crianças e os jovens consomem", afirmou.
Depois da proibição imposta pela Austrália, países como Nova Zelândia, Dinamarca, Malásia e Albânia já conversam sobre iniciar reuniões para adaptar a lei australiana aos seus próprios países.