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Studio Ghibli e empresas japonesas acusam OpenAI de usar obras protegidas para treinar IA; entenda

Bandai Namco, Square Enix e Studio Ghibli exigem que a empresa pare de usar conteúdo protegido em seus sistemas de IA

3 nov 2025 - 17h40
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A Content Overseas Distribution Association (CODA), entidade antipirataria que representa estúdios japoneses como Studio Ghibli, a Toei Animation e a Bandai Namco, enviou uma carta à OpenAI pedindo que a empresa cesse o uso de suas obras no treinamento do modelo Sora 2. A organização alega que o processo de aprendizado de máquina pode violar a lei de direitos autorais japonesa ao replicar material protegido.

O documento, divulgado no último dia 28, afirma que grande parte do conteúdo gerado pelo Sora 2 "se assemelha a imagens e obras japonesas", o que indicaria o uso dessas criações como base para o treinamento da ferramenta. Segundo a CODA, o ato de reprodução de obras protegidas sem autorização prévia já configura violação da legislação de direitos autorais do país.

Lançado em 30 de setembro, o Sora 2 combina um gerador de vídeos com inteligência artificial (IA) e uma plataforma social inspirada no TikTok, e, desde então, usuários têm publicado vídeos e animações que imitam personagens e estilos visuais de franquias japonesas, incluindo produções do Studio Ghibli e da Bandai Namco. O fenômeno levou o governo japonês a solicitar formalmente à OpenAI que suspenda a replicação de obras locais.

O caso reacende um debate que ganhou força após o lançamento do GPT-4o, em março, quando se multiplicaram imagens criadas em "estilo Ghibli". A própria foto de perfil de Sam Altman, CEO da OpenAI, no X (ex-Twitter) exibe um retrato digital com estética semelhante à dos filmes do estúdio japonês, o que aumentou a polêmica sobre o uso indevido.

Altman anunciou em outubro que a política de exclusão de conteúdo do Sora seria revisada para permitir maior controle aos detentores de direitos autorais, mas a CODA considera que essa abordagem já teria ferido a lei japonesa, que exige permissão prévia para qualquer uso de obras protegidas, e não aceita que uma empresa se livre da responsabilidade apenas depois de ser contestada.

A associação solicita que a OpenAI "responda sinceramente" às reivindicações e interrompa o uso de material japonês em seus sistemas de aprendizado. O pedido inclui tanto os dados de treinamento quanto os conteúdos gerados pelo modelo, que, segundo a entidade, reproduzem elementos visuais e narrativos de obras registradas.

A discussão ocorre em meio a uma onda global de disputas entre grandes empresas e desenvolvedoras de IA. Autores como George R.R. Martin estão processando a OpenAI por uso não autorizado de textos, enquanto estúdios como Disney e Universal acionaram a Midjourney por suposto plágio em imagens geradas.

Mesmo depois de adotar novas medidas de segurança no Sora 2, a OpenAI ainda enfrenta dúvidas sobre até onde pode ir no uso de obras protegidas para treinar suas IAs. Para a CODA, esse tipo de prática coloca em risco a criação cultural japonesa.

Estadão
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