Qual é a melhor IA? Veja 4 dicas para escolher o chatbot ideal para a sua rotina
Ferramentas como ChatGPT, Gemini e Copilot ganham espaço, mas escolha depende do tipo de uso, do contexto e do grau de confiabilidade exigido
Com o avanço das plataformas de inteligência artificial (IA), escolher a ferramenta certa para cada tarefa se tornou essencial. De assistentes de escrita a buscadores conectados à web, cada IA tem pontos fortes e limitações, e o uso adequado pode determinar a qualidade do resultado, seja um texto, uma pesquisa ou uma planilha.
Nos últimos anos, modelos generativos como ChatGPT, Gemini, Claude e Copilot se tornaram comuns na rotina, mas não existe uma "melhor IA" universal. Cada sistema foi treinado com objetivos e conjuntos de dados diferentes, o que afeta diretamente a precisão, o tom e a utilidade das respostas.
A escolha depende da natureza da tarefa. Modelos como o ChatGPT, da OpenAI, se destacam em produção textual e criatividade, enquanto o Perplexity é mais eficiente em pesquisas com fontes atualizadas. O Copilot, da Microsoft, foi desenvolvido para aumentar a produtividade no ambiente de trabalho.
Para atividades simples, qualquer modelo pode atender, mas em trabalhos que exigem precisão, como redações acadêmicas, relatórios corporativos ou planilhas, é fundamental optar por IAs com respostas mais seguras e consistentes.
Pensando nisso, o Estadão reuniu 4 dicas para escolher o melhor chatbot de IA dependendo do uso.
Quais as principais IAs?
ChatGPT (OpenAI)
O ChatGPT é uma IA conversacional utilizada para pesquisa, redação de textos, criação de imagens, programação e tradução.
Grok (xAI)
Criado pela xAI, empresa fundada por Elon Musk, o Grok é uma IA integrada à plataforma X (antigo Twitter). Ele se destaca pela capacidade de fornecer respostas rápidas e atualizadas, aproveitando dados em tempo real disponíveis na plataforma.
Gemini (Google)
O Gemini é a IA desenvolvida pelo Google, projetada para ajudar em tarefas como redação, planejamento e brainstorming.
Claude (Anthropic)
O Claude, da Anthropic, é uma IA focada em segurança e ética, indicada para tarefas complexas como programação, análise de dados e planejamento detalhado.
DeepSeek
O DeepSeek é uma IA de código aberto especializada em processamento de linguagem natural e análise de grandes volumes de dados.
Perplexity
A Perplexity é uma IA focada em fornecer respostas baseadas em fontes atualizadas e verificáveis. Com a introdução do modo Deep Research, ela consegue pesquisar de forma aprofundada, consultar múltiplas fontes e organizar as informações de forma clara, ajudando o usuário a entender melhor o tema pesquisado.
Microsoft Copilot
Integrado às ferramentas do Microsoft 365, como Word, Excel e Outlook, o Copilot é projetado para aumentar a produtividade principalmente no ambiente de trabalho.
Poe (Quora)
O Poe, desenvolvido pela Quora, é uma plataforma que permite aos usuários interagir com múltiplos modelos de IA em uma única interface. Além disso, oferece recursos para criação de bots personalizados e monetização de conteúdo gerado por IA.
Mistral
O Mistral é uma IA de código aberto que permite personalizar respostas e ajustar seu funcionamento. Ela é útil para criar textos, resumir informações, organizar dados ou gerar ideias.
Meta AI (Meta)
Criado pela Meta, a Meta AI é uma IA criada para entender o que o usuário quer dizer e responder de forma natural. Ela pode criar textos, gerar imagens e responder mensagens, ajudando em posts e tarefas em redes sociais da empresa, como WhatsApp e Instagram.
1. Entenda o tipo de tarefa
O primeiro passo é definir o que se espera da IA. Para quem precisa escrever textos longos, roteiros ou resumos, o ChatGPT e o Claude são os mais indicados. Ambos oferecem estrutura e linguagem natural.
Quem busca respostas rápidas e com fontes deve priorizar Perplexity ou Grok, modelos automaticamente conectados à web que citam fontes e atualizam dados em tempo real. Essas ferramentas são úteis em contextos educacionais e de pesquisa.
Em tarefas técnicas, como programação, o Gemini, do Google, e o ChatGPT apresentam bom desempenho, identificando erros em códigos, explicando trechos e sugerindo soluções.
Para automação de planilhas e relatórios, o Microsoft Copilot é o mais integrado, atuando diretamente em Word, Excel e Outlook e utilizando os modelos da OpenAI.
Além disso, modelos como Gemini, Mistral e Meta AI se destacam em interações rápidas, respostas diretas e tarefas pontuais, como gerar ideias ou revisar textos curtos.
No caso da Meta AI e do Gemini, essas ferramentas também permitem criar e editar imagens a partir de descrições, modificar fotos existentes e gerar conteúdos visuais personalizados.
2. Considere o contexto de uso
A escolha também depende do ambiente em que a IA será usada. No ecossistema Google, o Gemini oferece vantagem por se conectar a Gmail, Docs e Drive. Já no ambiente Microsoft, o Copilot simplifica fluxos de trabalho, automatizando relatórios e e-mails.
Para quem atua com redes sociais ou marketing, a Meta AI e o Poe (que permite alternar entre vários modelos) oferecem mais flexibilidade.
O ChatGPT é uma das IAs mais usadas, capaz de criar textos longos, resumos, roteiros e até auxiliar na programação. Ele se adapta a diferentes estilos e tons, do formal ao coloquial, e organiza informações de forma clara, sendo útil tanto para análises detalhadas quanto para tarefas rápidas.
Modelos mais recentes, como o DeepSeek, ganham espaço em tarefas que exigem rapidez com baixo custo computacional, sendo úteis em startups e projetos de automação leve.
Cada contexto define também o nível de moderação exigido: Claude, por exemplo, é conhecido por priorizar segurança e confiabilidade, o que o torna uma escolha sólida em ambientes corporativos ou educacionais.
3. Teste e compare modelos
Mesmo modelos semelhantes podem reagir de maneiras diferentes a um mesmo pedido, por isso testar é fundamental para identificar qual IA se adapta melhor ao seu estilo de trabalho.
Ao comparar o ChatGPT e o Gemini, por exemplo, o primeiro tende a oferecer respostas mais completas e narrativas, enquanto o segundo é mais direto. O Claude, por sua vez, costuma ser mais conservador, evitando interpretações arriscadas.
Ferramentas como o Poe, da Quora, facilitam esse processo, permitindo alternar entre diferentes modelos em uma única interface e perceber nuances de tom, estilo e profundidade. Essa comparação também ajuda a identificar o modelo mais estável para cada tipo de tarefa. O Perplexity, por exemplo, pode levar mais tempo para responder, mas entrega informações verificáveis e confiáveis.
O ideal é testar prompts (comando) semelhantes e observar o tipo das respostas. Em geral, quanto mais clara e detalhada for a instrução, melhor será o resultado, independentemente do modelo escolhido.
4. Leve em conta personalização e adaptação
Algumas IAs permitem ajustar respostas e definir estilos de escrita, melhorando o uso no dia a dia. Ferramentas como Mistral e Poe oferecem opções para adaptar o tom, o nível de detalhamento e até o formato do texto, ajudando a obter resultados mais próximos do que o usuário precisa.
Essa adaptação é útil para tarefas que precisam seguir sempre o mesmo estilo ou padrão de escrita como e-mails, relatórios, posts em redes sociais ou resumos de estudo. Quanto mais a IA conseguir "entender" seu estilo, menos será necessário corrigir ou editar o que ela gera.