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Med-Gemini: IA do Google promete revolucionar a medicina

Em artigo, a IA do Google (Med-Gemini) mostrou capacidade para vasculhar registros eletrônicos e conversar com os pacientes e com os profissionais da saúde

6 mai 2024 - 18h27
(atualizado em 7/5/2024 às 06h54)
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Na última quarta-feira (1), um relatório disponbilizado na plataforma Arxiv revelou o potencial do Med-Gemini — a IA do Google — para a medicina. Com dados promissores, a tecnologia (capaz de processar informações de diferentes modalidades, como texto, imagens, vídeos e áudio) promete mudanças expressivas nos diagnósticos e nas terapias. 

Foto: duallogic/Envato / Canaltech

O relatório diz que o Med-Gemini ganhou dois novos conjuntos de dados que o ajudam a desenvolver o raciocínio necessário para chegar a um diagnóstico.

O que acontece no cotidiano dos médicos é que eles precisam reunir diversas informações para chegar a um diagnóstico (sintomas, exames, cirurgias anteriores, etc). Ao ganhar acesso à pesquisa baseada na web, a IA do Google chega a essa conclusão de maneira muito mais rápida e precisa.

A tecnologia foi treinada a partir de questões projetadas para testar o conhecimento e o raciocínio médico, e agora ganha dois novos conjuntos de dados, descritos no relatório: MedQA-R (raciocínio) e MedQA-RS (raciocínio e pesquisa).

Outra melhoria apresentada no relatório envolve a precisão na tarefa de vasculhar longos registros eletrônicos de saúde — o que tem se mostrado como um verdadeiro desafio para a IA por "N" favores, como erros ortográficos e muitos sinônimos.

IA do Google vasculha registros médicos

Para testar essa habilidade, o Med-Gemini foi exposto a 200 exemplos de registros médicos eletrônicos, que envolviam ao todo 44 pacientes de UTI.

Para se ter uma noção do tamanho dessa árdua batalha para a IA, cada exemplo tinha pelo menos 200 mil palavras — o que equivale ao livro "Harry Potter e as Relíquias da Morte" todinho, então pensa no tamanho do texto!

Primeiro, a Med-Gemini teve que recuperar todas as menções ao problema médico especificado nos extensos registros. Depois, o modelo teve que avaliar a relevância de todas as menções, categorizá-las e concluir se o paciente tinha histórico desse problema, fornecendo um raciocínio claro para sua decisão.

"A excelência numa ampla variedade de aplicações médicas coloca desafios consideráveis à IA, exigindo raciocínio avançado, acesso a conhecimentos médicos atualizados e compreensão de dados multimodais complexos. Os modelos Gemini, com fortes capacidades gerais em raciocínio multimodal e de longo contexto, oferecem possibilidades interessantes na medicina", diz o resumo do estudo.

Med-Gemini conversa com paciente

Em seguida, os pesquisadores colocaram o Med-Gemini para "conversar" com um paciente sobre um caroço na pele que gerava coceira.

Após solicitar uma imagem, o modelo fez as devidas perguntas de acompanhamento e diagnosticou corretamente a lesão rara, recomendando o que o usuário deveria fazer. Também interpretou uma radiografia de tórax para um médico enquanto ele aguardava o relatório formal do radiologista.

Para resumir, os pesquisadores reconhecem as capacidades de conversação do Med-Gemini-como promissoras, com  interações naturais e contínuas entre pessoas, médicos e sistemas de IA. Mas é claro que mais estudos são necessários para essa IA do Google.

Fonte: Arxiv

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