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Inovação

Morango do amor vira ponto de partida de 'aulão de IA' de especialista da Microsoft no Brasil

Na Rio Innovation Week, John Maeda usou culinária para explicar os principais conceitos por trás de chatbots

14 ago 2025 - 08h11
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John Maeda já tinha avisado ao Estadão: é possível ensinar alguns dos principais conceitos de inteligência artificial (IA) com o morango do amor. No palco da Rio Innovation Week (RIW), um dos principais eventos de inovação e tecnologia do País, que tem o Estadão como parceiro de mídia, o vice-presidente de design de IA da Microsoft, levou uma cozinha para o palco para ensinar por meio de metáforas culinárias alguns dos principais conceitos que fazem chatbots espertos funcionarem.

Maeda começou a conversa justamente citando o morango do amor. "Ouvi dizer que é bem popular aqui no Brasil", arrancando risos da plateia. Na sequência, ele perguntou para um chatbot quantos Rs existem na palavra "strawberry" (morango, em inglês). A conexão é clara: desafiar chatbots a contarem o números de Rs em strawberry virou um teste comum daqueles que criticam os limites dos grandes modelos de linguagem (LLMs). Maeda, então, explicou que as palavras em um chatbot são, na verdade, números, o que gera dificuldade na contagem.

John Maeda deu aula de IA na Rio Innovation Week
John Maeda deu aula de IA na Rio Innovation Week
Foto: Microsoft/Divulgação / Estadão

O especialista, então, distribuiu fios crus de espaguete para a plateia e comparou o alimento com vetores multidimensionais, que é a parte da IA que preserva a ideia de semântica entre os números que expressam palavras, conhecidos também como embeddings.

Maeda, então, explicou como os grandes modelos de linguagem buscam contexto em textos por meio da técnica RAG (retrieval-augmented generation), que quebra textos em blocos de informação.

Um dos conceitos, no entanto, que ele mais reforçou foi de que os LLMs funcionam como uma tesoura. Uma lâmina representa o "contexto", enquanto a outra a outra lâmina é a "completude" ou "finalização". Ou seja, o primeiro um LLM busca informações de contexto geradas no treinamento e tenta completar palavras em uma sentença. "O que eu apresentei é meio chato, mas eu demorei três anos para entender isso", afirmou ele à plateia em tom bem-humorado.

Futuro

Ao final da apresentação, ele teve um bate-papo rápido, ainda no palco, com o físico Marcelo Gleiser. Neste momento da conversa, ele demonstrou não estar preocupado com visões distópicas da tecnologia. "Estamos em um período confuso porque as pessoas não entendem a tecnologia", afirmou ele.

Maeda também afirmou que está nas mãos das novas gerações o desafio de lidar inteiramente com a nova tecnologia, mas ele se mostrou otimista. "Adoro trabalhar com jovens, porque eles sempre encontram usos esquisitos para a tecnologia". Ele também afastou o temor de que a IA seja uma força incontrolável na rotina humana. "Tecnologias disruptivas acontecem o o tempo todo".

Estadão
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