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Pesquisa

Genoma de lagarto pode explicar evolução dos mamíferos

31 ago 2011 - 16h51
(atualizado às 17h30)
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O genoma de um dos primeiros répteis da terra, o lagarto Anolis verde (Anolis carolinenesis), foi decifrado, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica Nature. De acordo com a pesquisa, isso vai permitir compreender melhor a evolução dos mamíferos e de outros vertebrados, cujos ovos se adaptaram à reprodução fora do ambiente marinho.

O aparecimento do "ovo amniótico", que contém o líquido necessário para o desenvolvimento do embrião, foi "uma das maiores inovações da história da vida", que permitiu a conquista do meio terrestre, afirmam os cientistas encarregados da pesquisa. Com ovos dotados de seu próprio microambiente aquático, os vertebrados não tinham mais a necessidade de encontrar depósitos de água para se reproduzir.

Há 320 milhões de anos, os vertebrados "amniotas" se separaram em duas linhagens: mamíferos e répteis, aves incluídas. "Às vezes é preciso tomar certa distância para aprender como o genoma humano evoluiu", afirmou Jessica Alfoldi (Broad Institute, no qual estão associados a Universidade de Harvard e o Instituto de Tecnologia de Massachussetts - MIT -, dos Estados Unidos), principal autora deste estudo.

O genoma do lagarto anolis verde norte-americano (Anolis carolinensis) contém 18 pares de cromossomos, dos quais 12 de tamanho pequeno (microcromossomos), como o cromossomo sexual X, que foi identificado. Dessa forma, os cientistas descobriram muitos genes relacionados com a visão das cores nos lagartos, que podem perceber ultravioletas, diferentemente dos seres humanos.

A análise do DNA do lagarto também apresentou novos esclarecimentos sobre a origem de muitos elementos do genoma humano que não servem para codificar a síntese das proteínas. Os cientistas supunham que estes elementos, inalterados há milênios, podiam provir de antigos "transposons" (ou elementos de transposição), ou seja, pequenos segmentos capazes de se mover dentro do DNA e que podem ter sido copiados em múltiplos exemplares no interior do genoma humano.

O gênero dos "anolis é uma biblioteca viva de elementos de transposição", destacou Jessica Alfoldi, afirmando que no lagarto, os genes "continuam saltando de um lado para o outro" dentro do genoma. Comparando os elementos móveis do genoma do lagarto com o DNA humano, a equipe de cientistas descobriu que uma centena de elementos não codificáveis do genoma humano provêm desses "genes saltadores".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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