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Existem primatas venenosos? Saiba mais

Espécie é capaz de gerar substância tóxica predadores e causar reação alérgica em humanos

12 abr 2024 - 12h30
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Dois filhotes da espécie Nycticebus pygmaeus nasceram no Zoológico Nacional Smithsonian, em Washington, nos Estados Unidos. Mesmo com uma aparência inofensiva e amigável, esses primatas possuem um mecanismo de defesa que podem machucar até mesmo os seres humanos: são venenosos.

Dois bebês lóris
Dois bebês lóris
Foto: pigmeus, espécia de primatas venenosos, março de 2024- Reprodução /Zoológico Nacional Smithsonian / Perfil Brasil

Primatas tóxicos? Entenda o caso

Também chamados de lóris-pigmeus, os pequenos primatas nasceram em 21 de março. De acordo com o Zoológico Nacional Smithsonian, local onde estão vivendo, eles são os primeiros filhos da mamífera Naga, de três anos, com o macho Pabu, de dois anos. A gravidez foi resultado das estratégias do Plano de Sobrevivência de Espécies da Associação de Zoológicos e Aquários dos EUA.

Ainda não é possível descobrir o sexo dos filhotes. O zoológico irá realizar um exame veterinário daqui a alguns meses.

Lóris-Pigmeus

A espécie é considerada ameaçada de extinção pela União Internacional para a Conservação da Natureza. O habitat natural dos primatas fica no Vietnã, Camboja, China e Laos.

Com um aspecto noturno, saem para procurar alimentos quando fica escuro. Durante o dia, ficam enrolados nas árvores, descansando. A exceção é o inverno, período em que podem hibernar por até 63 horas.

Os olhos grandes e redondos são chamativos - e servem para tornar a caça noturna mais eficiente. Sua dieta onívora permite que a alimentação seja à base de plantas e outros animais.

Quando adultos, os lóris-pigmeus atingem de 15 a 25 centímetros, e pesam 400 gramas. Sua expectativa de vida vai até 17 anos, mas chegam a viver mais em zoológicos. A gestação dura até 198 dias, e geralmente dá origem a um ou dois filhotes.

Venenosos

Sim, essa é a única espécie conhecida de primatas que também são venenosos. Esses mamíferos são capazes de produzir uma secreção nas glândulas no cotovelo que envenena sua mordida quando misturada com saliva. Em predadores usuais, possui um efeito debilitante. Já em humanos, pode gerar uma reação alérgica e uma ferida de cicatrização lenta.

Entretanto, os lóris-pigmeus não costumam usar seu veneno contra predadores em decorrência da sua ação lenta. A substância tem um papel importante em disputas territoriais dentro da própria espécie. Além disso, espalham o veneno pelo corpo, repelindo parasitas e eventuais inimigos.

Perfil Brasil
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