Ministra do Meio Ambiente defende cumprimento do Protocolo de Kyoto

A ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira discursou nesta quinta-feira em Durban, na África do Sul, durante a 17ª Conferência das Partes. Em sua fala, a ministra reforçou o cumprimento do segundo período do Protocolo de Kyoto para assegurar um regime de mudança do clima forte e destacou os resultados brasileiros de mitigação de emissões com a redução do desmatamento.

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"Como nações irmãs, Brasil e África do Sul têm em comum a vontade de superar desafios ambientais, sociais e econômicos, no contexto do desenvolvimento sustentável. Também compartilhamos nosso pleno apoio pela resposta multilateral à mudança do clima, sob a UNFCCC e seu Protocolo de Kyoto, em conformidade com os princípios de equidade e responsabilidades comuns, porém diferenciadas", afirmou durante a conferência.

Izabella colocou que o Brasil tem assumido uma posição de vanguarda para promover a redução das emissões de gases de efeito estufa e ao mesmo tempo desenvolver-se com sustentabilidade. "Estamos determinados a continuar a implementar nossas ações, no contexto do desenvolvimento sustentável e da luta contra a pobreza", ressaltou no seu discurso.

A representante brasileira avaliou que o Brasil tem assumido uma posição de vanguarda para promover a redução das emissões de gases de efeito estufa e ao mesmo tempo desenvolver-se com sustentabilidade. Segundo Izabella, no combate ao desmatamento - a maior fonte de emissões do Brasil - o objetivo é de reduzir em 80% o desmatamento até 2020 em relação a média de desmatamento entre 1996 e 2005. Em 2011, o País atingiu uma redução de 66%, o menor índice de desmatamento desde que o sistema de monitoramento foi criado, em 1988.

Ela mencionou também a Política Nacional sobre Mudança do Clima, que prevê iniciativas específicas de financiamento como o Fundo Amazônia (constituído a partir de doações baseadas nos resultados obtidos pelo Brasil na redução do desmatamento na Amazônia) e o Fundo Clima (mecanismo que utiliza recursos nacionais, advindos da exploração do petróleo para financiar mitigação e adaptação em outras áreas da economia).

Em sua fala, Izabella lembrou também que "o desafio imposto pela mudança do clima no Brasil, não se dá de forma isolada", estando relacionado à política de inclusão social e erradicação da pobreza.